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Polícia Civil flagra funcionamento irregular mesmo após decisão da Vigilância Sanitária; pacientes e funcionários não foram informados sobre o fechamento
Hospital Renaissance é fechado e gestor preso por descumprir interdição em Goiânia
16/05/2025, às 12:02 · Por Redação
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) fechou nesta quinta-feira, 15, o Hospital Renaissance, localizado no Setor Marista, em Goiânia, e prendeu o administrador da unidade por grave descumprimento de normas sanitárias. A ação ocorreu após novas denúncias de que o hospital continuava em funcionamento, mesmo após ter sido totalmente interditado pela Vigilância Sanitária no dia 6 de maio.
Segundo o delegado Humberto Teófilo, o hospital já havia sido parcialmente interditado em 30 de abril, mas manteve o atendimento, inclusive em setores críticos como a UTI e o ambulatório. Com o descumprimento reiterado das ordens da autoridade sanitária, a interdição foi tornada total no início do mês. Ainda assim, novas inspeções realizadas nesta quarta-feira, 14, constataram que o hospital seguia operando normalmente.
"Eles não respeitam [a interdição]. Continuaram recebendo pacientes, não informaram a eles, nem aos planos de saúde e, ontem e hoje, prendemos o administrador do hospital", afirmou Teófilo. Ele também apontou que o local apresentava infraestrutura precária, inclusive em pontos básicos como o abrigo de resíduos: "Nem o abrigo de resíduos tem local adequado."
Durante a investigação, a Polícia constatou que funcionários estavam com salários atrasados e sem receber o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Tanto os trabalhadores quanto os pacientes não foram avisados da interdição oficial do hospital, o que representa risco sanitário e descaso com os direitos trabalhistas e à saúde.
O administrador, cujo nome não foi divulgado, foi preso por infringir determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença ou infecção — crime previsto no Código Penal. A penalidade pode ser agravada pela reincidência e pela exposição de terceiros ao risco. Até o momento, o Hospital Renaissance não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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