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Advogado José Carlos Issy defende detectores de metal na Câmara, mas admite: “Não evitariam episódio com Kowalsky”
José Carlos Issy defende detectores de metal na Câmara
16/05/2025, às 10:03 · Por Redação
O advogado José Carlos Issy, que deve ser nomeado nos próximos dias como novo procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, defendeu a instalação de detectores de metal nas entradas da Casa, como medida preventiva de segurança. A sugestão ganhou força após o incidente envolvendo Kowalsky Ribeiro, ex-procurador da Casa, que ameaçou com uma arma de fogo o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB), no estacionamento da Câmara.
Apesar de reconhecer a importância da medida, Issy pondera que os equipamentos não teriam evitado o episódio recente, pois ocorreu fora do prédio. “Considerando que foi dentro do estacionamento, os detectores de metais não evitariam o problema. Mas evitaria a entrada de pessoas armadas dentro das dependências do plenário. Porque ali a gente está tratando de 37 vereadores que podem, eventualmente, contrariar os interesses de A ou de B”, declarou ao jornal Opção.
O futuro procurador ressaltou que a decisão final sobre a adoção dos equipamentos cabe à Mesa Diretora da Câmara. “Se for da vontade dos vereadores essa questão, vai ser implantada”, afirmou. Ele lembrou que estruturas como a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça e os fóruns estaduais já utilizam detectores de metal como prática comum de segurança institucional.
Issy também mencionou outros episódios que envolvem riscos à integridade física de parlamentares e servidores. Segundo ele, em uma ocasião de grande fluxo de pessoas na Câmara, a Guarda Municipal identificou a presença de armas brancas com alguns visitantes. Para ele, a medida teria caráter não só preventivo, mas também dissuasivo: “A divulgação da instalação pode inibir a pessoa que tem a intenção de ir armado para lá”, explicou.
Outro ponto destacado por Issy é a exposição dos parlamentares fora do plenário, mesmo com a divisão física entre os espaços. “O que separa os vereadores é aquela divisão de vidros e, mesmo assim, na saída do plenário, eles poderiam também estar em risco, até o caminho para o gabinete”, justificou.
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