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Goiânia, 23/05/25
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Foto: Millena Cristina de Oliveira

Presidente Romário Policarpo: vai deixar que algo tão funesto aconteça em seu turno?

Coluna do Pablo Kossa: Câmara de Goiânia não pode virar filme de bangue-bangue da vida real

09/05/2025, às 14:44 · Por Pablo Kossa

Todos os sinais estão dados: é questão de tempo para que Goiânia assista à uma tragédia de sangue na Câmara de Vereadores. O crescente acirramento dos ânimos entre vereadores, funcionários e assessores está visível. Quando observamos isso junto à vista grossa feita ao trânsito livre de armas pelo ambiente, a receita da tragédia está dada.

Presidente Romário Policarpo: vai deixar que algo tão funesto aconteça em seu turno? Como o poder de evitar algo terrível e colocar ordem na casa cabe a você, saiba que uma gestão manchada de sangue será indelével na sua trajetória política.

A treta entre o então procurador-geral do legislativo goianiense Kowalsky Ribeiro e o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir, Sergio Dorneles foi o sinal de que algo pior está por vir. Não dá mais para seguir de forma relapsa com a proibição do trânsito de armas pelo prédio do cruzamento da Independência com a Goiás Norte.

A fina ironia é que a confusão que poderia ter trágico resultado com Kowalsky portando arma no cinto se deu com o assessor de um vereador que também anda armado. E o pior: Novandir, histriônico como é, se orgulha de infringir a regra da casa.

Não sei se o chefe de gabinete do vereador que representa o Guanabara também tem seu trabuco. Imagine naquele clima tenso alguém sacasse uma arma. Teríamos uma cena de bangue-bangue. De Tarantino. De Brian de Palma no Scarface. Mas sem a poesia do cinema e com todo o drama da vida real.

O presidente da Câmara precisa botar um freio de arrumação. Armas são incongruentes do ambiente normalmente quente de um parlamento. Debates acalorados são comuns, trocas de acusações frequentes. Tudo do jogo. Mas dentro de parâmetros de decoro e civilidade. Essa postura lamentável de galinho de briga, infelizmente cada vez mais comum no legislativo, só acelera o caminho para o desastre.

Romário: depois do sangue derramado, não há muito o que fazer.


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