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Reprodução - G1 Goiás

Modelos denunciam prejuízo após cancelamento de concurso de miss em Goiás

Modelos denunciam golpe após cancelamento de concurso de miss em Goiás

08/05/2025, às 09:34 · Por Redação

Dezesseis modelos que participariam de um concurso de miss em Goiás denunciaram à Polícia Civil um suposto golpe após o cancelamento repentino do evento. As candidatas, que já haviam investido em taxas, produção visual, roupas e procedimentos estéticos, relataram prejuízo superior a R$ 100 mil e registraram boletim de ocorrência por crime de estelionato.

O concurso, que prometia ser um reality show de beleza, foi cancelado dias antes da realização, por mensagem enviada pela organização. No comunicado, os responsáveis alegaram “motivos de força maior”, falta de apoio do poder público e dificuldades para firmar parcerias profissionais.

A modelo Victoria Santos disse ter pressentido que algo estava errado. “Quando ele mandou a mensagem cancelando e sumiu, para mim, já estava escrito. Eu já tinha desconfiado alguns dias antes, mas eu falei: não é possível que já chegamos até aqui para acontecer isso — e aconteceu”, à TV Anhanguera.

Entre as candidatas frustradas está Renata Jorlene, que se preparava para seu primeiro concurso. Ela contou que não pagou taxa de inscrição, mas mesmo assim teve gastos com transporte, roupas e beleza. “Inclusive eu desembolsei muito dinheiro, não sei o quanto as meninas também, dinheiro que eu nem poderia gastar, para no final ocorrer isso”, relatou. O investimento total foi de aproximadamente R$ 1 mil.

Já Theylla Kaline estimou um gasto superior a R$ 5 mil, incluindo procedimentos estéticos como harmonização facial. “A gente fica muito triste, porque é um sonho. A gente sonha com isso há muito tempo, chega nesse ponto e não realiza. A gente fica muito frustrada”, desabafou.

O delegado Emerson Oliveira, da 13ª Delegacia de Polícia, confirmou que a ocorrência foi registrada, mas explicou que, para dar andamento à investigação, é necessário que as vítimas assinem uma representação formal e apresentem documentos que comprovem o ocorrido. “Neste tipo de crime, a polícia atua após a vítima vir à delegacia para assinar uma representação para dar início à investigação e apresentar documentos que comprovam o fato, o que não ocorreu até o presente momento”, afirmou.

Segundo o delegado, caso exista contrato entre as partes, a questão poderá ser enquadrada como uma disputa cível. “Pode ser que o fato não seja crime, mas sim uma demanda a ser discutida na Justiça, por meio de ação de reparação de danos materiais ou morais”, completou.

O advogado que representa as modelos informou que está tomando todas as providências legais cabíveis.


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