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Goiana Amanda Borges da Silva foi encontrada morta na última quinta-feira, 1º, no Japão
Suspeito de incendiar apartamento onde goiana foi achada morta é preso
04/05/2025, às 08:19 · Por Redação
A polícia japonesa prendeu neste sábado, 3, um homem suspeito de envolvimento na morte da goiana Amanda Borges, de 30 anos, encontrada sem vida dentro de um apartamento em Narita, cidade próxima a Tóquio. Segundo a emissora estatal NHK, o detido foi identificado como Abeysuriya Patabedige Pathum Udayanga, natural do Sri Lanka, de 31 anos, que morava no imóvel onde o corpo foi localizado.
Udayanga foi preso inicialmente por suspeita de incêndio criminoso. De acordo com os investigadores, ele teria deixado o local mesmo após perceber que o interior do apartamento começava a pegar fogo, sem acionar os bombeiros ou tentar apagar as chamas. “Fiquei em choque e não consegui apagar o fogo”, teria dito à polícia japonesa durante depoimento.
A relação entre o suspeito e Amanda ainda é desconhecida e está sob apuração. A brasileira pode ter morrido por asfixia causada pela inalação da fumaça do incêndio, conforme revelou um delegado do caso à família dela. Há também a suspeita de que Amanda tenha sido dopada e vítima de abuso sexual. “Aparentemente, foi um latrocínio, roubo seguido de morte. Tentaram ocultar o cadáver também”, afirmou Thiago Borges, primo da vítima, à Record TV.
Além do possível crime de homicídio, a polícia informou que objetos pessoais de Amanda, como o celular e bolsas, foram roubados. O incêndio no local, um prédio de dois andares no bairro Hon-Sanrizuka, teria sido uma tentativa de apagar vestígios do crime.
O Itamaraty informou que o Consulado-Geral do Brasil em Tóquio acompanha o caso e mantém contato com as autoridades japonesas e com os familiares da vítima. O Governo de Goiás, por meio do Gabinete de Assuntos Internacionais, também informou estar prestando assistência à família, inclusive com apoio para o translado do corpo.
Natural de Caldazinha (GO), Amanda era pesquisadora, mestre em Linguística pela Universidade Federal de Goiás (UFG), e apaixonada por Fórmula 1. Morando atualmente em São Paulo com o namorado, ela viajou à Ásia para visitar familiares do companheiro na Coreia do Sul e, posteriormente, seguir para o Japão, onde acompanharia o Grande Prêmio de Fórmula 1, realizado em 6 de abril.
Nas redes sociais, Amanda compartilhava com frequência registros de suas viagens e sua paixão por automobilismo. Em uma das últimas publicações, relatou ter esquecido uma mochila com dinheiro em um trem e recuperado o item intacto. “Gente, o Japão é muito seguro. Fiquei impressionada. Que país você vai perder sua mochila com dinheiro e ela vai ser devolvida intacta?”, disse no vídeo.
A morte de Amanda gerou comoção em Caldazinha. A prefeitura da cidade divulgou uma nota lamentando a perda. “Era uma jovem cheia de sonhos, querida por todos, e sua partida repentina deixa um vazio profundo em nossa comunidade”. As investigações seguem em curso no Japão.
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