PSDB aprova fusão com Podemos e marca convenção para formalizar novo partido

A executiva nacional do PSDB aprovou, nesta terça-feira, 29, em reunião realizada em Brasília, o início do processo de fusão com o Podemos. Com 38 votos favoráveis, incluindo o do governador gaúcho Eduardo Leite — que vinha cogitando deixar a sigla —, o partido dá um passo decisivo para a criação de uma nova legenda, cujos detalhes, como nome, número e estatuto, serão definidos em convenção marcada para o próximo dia 5 de junho.

A nova sigla, ainda provisoriamente chamada de "PSDB+Podemos", só poderá ser oficializada após a homologação da fusão pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para isso, será necessário que o Podemos também convoque sua convenção nacional, o que, segundo dirigentes das duas legendas, deve ocorrer no mesmo mês.

A convenção nacional do PSDB, instância máxima de decisão do partido, foi responsável pela aprovação da proposta. Participam da votação representantes do diretório nacional, parlamentares com mandato e delegados estaduais, que, de forma unânime, endossaram o movimento de união entre as siglas.

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, disse ao jornal O Popular que a fusão representa um reforço estratégico para a legenda, especialmente em estados como Goiás, onde a sigla busca fortalecer a oposição ao governo estadual. Segundo ele, a nova configuração partidária terá um impacto direto no cenário político de médio prazo.

"A fusão encorpa o partido e dá mais substância e envergadura. Passaremos a ter maior tempo de TV, mais parlamentares, tanto na Câmara quanto no Senado, além do fundo partidário e eleitoral. Então, é uma perspectiva nova. Para além disso, tem uma disposição nossa para, além da fusão, buscarmos uma nova federação com algum outro partido para que nos dê ainda mais musculatura", afirmou Marconi.

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