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Suspeito comercializava medicamentos como Mounjaro pelas redes sociais, com preços que chegavam a R$ 5 mil, segundo a Polícia Civil
Empresário é preso em condomínio de luxo por venda ilegal de remédios para emagrecer em Goiânia
30/04/2025, às 09:59 · Por Redação
Um empresário de 40 anos foi preso em flagrante nesta terça-feira, 29, em um condomínio de luxo localizado na saída para Bela Vista de Goiás, em Goiânia. Ele é suspeito de comercializar ilegalmente medicamentos para emagrecimento — incluindo substâncias da classe dos agonistas GLP-1, como, por exemplo, Mounjaro, popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras” — por meio das redes sociais, segundo apuração da Polícia Civil. Os valores chegavam a até R$ 5 mil por unidade.
A operação, batizada de Caixa de Pandora, foi deflagrada após denúncia anônima recebida pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic). De acordo com o delegado Alex Rodrigues, responsável pelo caso, os medicamentos eram vendidos sem qualquer autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou de outros órgãos reguladores.
“A partir da denúncia, a gente começou a fazer levantamentos, que culminaram no pedido de busca e apreensão e, hoje, na prisão do investigado. Agora, com a apreensão de aparelhos eletrônicos, vamos traçar com mais precisão a linha do tempo da atuação dele. Esse medicamento foi comercializado entre R$ 3,5 mil e R$ 5 mil”, afirmou o delegado ao jornal O Popular.
Além da prisão, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao investigado: duas residências e um ponto comercial voltado à venda de eletrônicos. Na casa onde ele foi preso, a polícia encontrou várias unidades dos medicamentos proibidos e equipamentos supostamente usados para divulgar e negociar os produtos ilícitos pela internet.
Caso seja comprovada a prática criminosa, o empresário poderá responder por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais — infrações previstas no Código Penal Brasileiro quando envolvem produtos sem registro sanitário. A Polícia Civil informou ainda que o suspeito possui antecedentes criminais, embora não tenha detalhado por quais delitos.
A prisão ocorre em um contexto de crescente preocupação das autoridades sanitárias com o uso irregular de medicamentos como semaglutida, liraglutida e tirzepatida, que têm sido amplamente consumidos para fins estéticos, sem acompanhamento médico. No último dia 16 de abril, a Anvisa aprovou regras mais rígidas para a prescrição e venda desses fármacos: agora, a receita deve ser emitida em duas vias e retida pela farmácia no momento da venda, com validade máxima de 90 dias.
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