Coluna do Pablo Kossa: A bola agora está com Caiado

Tudo agora está em panos limpos: se Ronaldo Caiado estiver firme no patamar de ao menos 10 pontos percentuais nas principais pesquisas de intenção de voto até o momento das convenções partidárias, será candidato a presidente da República. Se fosse um jogo de War, isso estaria escrito em sua carta de objetivo a ser conquistado.

Ou seja, o governador de Goiás tem até o meio do ano que vem para angariar a preferência dessa parcela do eleitorado brasileiro. Sem tergiversações, sem conversinha mole. Chegou nesse número, a legenda lhe está garantida.

No linguajar político, ele precisa se viabilizar. Ofertar expectativa de poder para os seus correligionários.

É uma ótima notícia para Caiado. Melhor do que ele imaginava ter após consolidada a federação do União Brasil (UB) com o PP.

Eu sempre discordei da tese do governador de que trazer o partido de Arthur Lira e Ciro Nogueira pra junto do UB seria prejudicial a seu projeto presidencial. Disse isso aqui mesmo no Poder Goiás quando escrevi sobre o lançamento da pré-candidatura em Salvador.

Com Caiado crescendo, seria impossível ao PP barrá-lo na disputa. O que antes era uma leitura política, agora está explicitado no acordo dos caciques das duas siglas.

Não é simples atingir dois dígitos. O trampo é pesado. Na disputa de 2022 lembro que Sergio Moro, Henrique Mandetta, João Doria, Eduardo Leite e tantos outros tentaram se viabilizar e não conseguiram.

Caiado agora tem o respaldo efetiva de uma federação gigante e com estrutura robusta pra rodar o país divulgando seu projeto. Se der errado, o acordo das duas siglas garante ao goiano indicar o vice que representaria a federação em uma futura coligação.

Convenhamos, para quem imaginava que a federação seria um tiro no pé, senão na cabeça, Caiado terminou cercado de boas novas.

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