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Goiânia, 03/05/25
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Caiado garante federação para tocar sua pré-campanha presidenciável

Independência política de Caiado foi decisiva para garantir federação

25/04/2025, às 11:35 · Por Redação

Um ponto foi decisivo para o governador Ronaldo Caiado (UB) destravar a federação entre União Brasil e PP e também conta como vantagem comparativa para ele liderar a oposição ao lulopetismo em 2026: sua independência político-administrativa. Os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Júnior (Paraná) estão atados politicamente, com Jair Bolsonaro (PL) candidato mesmo inelegível e o fantasma de virarem João Dória, ex-governador de SP que virou pó após tentar atravessar o ex-mandatário. 

Diferente dos três, Caiado chegou ao cargo com as próprias pernas. Ao contrário de Zema, que chegou ao poder ancorado na avalanche eleitoral bolsonarista em 2018, Caiado tinha uma história política e lutas que falavam por si. Tarcísio foi ungido quatro anos depois, em um pleito que contava com outras opções, como Ricardo Salles que duelou com Tarcísio até o último momento. Precisou jurar lealdade e não dará munição aos inimigos internos. 

Ratinho Junior também surfou no movimento, mas seu sucesso eleitoral teve o pai, o apresentador Ratinho, como ator decisivo. Sua vitória também é creditada ao grupo familiar que comanda um imensa rede de emissoras de Rádio e TV no Estado. Esses canais tem lado, Ratinho tem ambições nacionais e isso esbarra em concorrentes poderosos que tem milhões de motivos para não instalar gente com certas cobiças no Alvorada. 

Caiado ocupa o vácuo político de um ex-presidente na UTI, alardeando seus feitos administrativos enquanto Tarcísio se equilibra com uma vontade de reeleição inexistente e a tragédia da insegurança que pode inviabilizar qualquer futura comparação com a gestão Caiado em uma área decisiva em 2026.

Zema convive com outros fantasmas: o carisma, ou a falta dele, a o crescimento da dívida do estado que escalou 51% sob sua gestão. Como convencer que dará solução à corrosão fiscal do país com as torneiras da cozinha abertas. 

Desses problemas Ratinho Junior não morre, mas vive de uma herança em vida: o carisma de um pai que o Brasil conhece desde 1997 em horário nobre, esse sem partilha em vida, e do sucesso empresarial do mesmo, que montou um verdadeiro império de comunicação regional. A concorrência sabe que o passaporte do Alvorada elevará as ambições desse negócio a outro patamar. O jogo do Caiado está em outro campo, ele tem a bola e conta hoje com aquela sorte de campeão.


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