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Taynara Trindade diz que foi humilhada durante a abordagem policial e acusa delegado de uso político do caso
Advogada presa por engano em hotel de luxo afirma inocência
18/04/2025, às 08:12 · Por Redação
A advogada Taynara Trindade afirmou ser vítima de um mal-entendido após ser presa sob suspeita de furtar uma bolsa com joias e relógios em um hotel de luxo em Goiânia. O episódio aconteceu na noite da última terça-feira, 15, e segundo ela, tudo não passou de uma confusão causada por malas semelhantes. “As malas estavam todas misturadas, e eu, de costas, peguei o que achei que fosse dele. A intenção nunca foi pegar algo de outra pessoa”, declarou.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um homem deixa a bolsa em um sofá onde Taynara estava sentada, ao telefone. Minutos depois, ela se levanta, recolhe o objeto e segue para o quarto. Em sua versão, a advogada diz que acreditou se tratar de uma das bagagens do companheiro, que acabara de chegar de viagem. Ele carregava malas pretas e marrons, similares à que foi deixada no saguão do hotel.
A bolsa foi levada para o quarto e, segundo ela, ficou sobre uma mesa. O casal saiu para jantar e, ao retornar, foi surpreendido pela abordagem policial. Ambos foram detidos, mas liberados após audiência de custódia. O juiz responsável entendeu que não houve intenção de furto e determinou o relaxamento da prisão. Na decisão, o magistrado ainda apontou falhas na condução do caso, como a ausência das imagens completas no processo, embora já estivessem disponíveis. O episódio foi encaminhado à Corregedoria para apuração.
Abordagem
Taynara relata que viveu momentos de constrangimento e violência institucional. Algemada por cerca de 30 minutos ainda vestindo pijama, afirma que foi impedida de entrar em contato com a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO), e que sofreu ofensas verbais durante a ação.
“Fui xingada de ‘vagabunda’, me senti violada dos meus direitos. Esse ‘delegado canetinha’ [Humberto Teófilo], que nem era o delegado responsável, me desrespeitou como mulher e profissional, expôs meu nome e imagem sem saber dos fatos e forneceu imagens picotadas das câmeras de segurança para a mídia, a fim de fazer polêmica com fins eleitoreiros. Quis engajamento político, mesmo que isso custe a honra de alguém”, denunciou.
O juiz também determinou que a Corregedoria da Polícia Civil apure a conduta do delegado responsável, que, mesmo ciente das gravações completas, não as apresentou nos autos.
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