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Protesto em show de Pabllo Vittar, não entregaram open bar e faltou até água para comprar

Setor de eventos ameaçado: cancelamentos, perrengues e calotes viram rotina em Goiás

15/04/2025, às 13:51 · Por Redação

O sucesso de Jorge e Mateus 20 anos, com ingressos esgotados há meses, e Henrique e Juliano no início de maio contrastam com a crise de credibilidade que o setor de eventos vive em Goiás. Na contramão do país, que projeta um crescimento de 8,4% no consumo do setor em 2025, o estado tem sido alvo de casos que minam a credibilidade do setor.

Nesta terça-feira, 15, o FDS Caldas anunciou o cancelamento da edição na véspera do feriado prolongado da Semana Santa, 18 e 19 de abril. Milhares de pessoas haviam se programado para prestigiar Hugo e Guilherme, Lauana Prado, Israel e Rodolffo e outros artistas que se apresentariam no local. O reembolso só poderá ser solicitado após as datas do evento.

A página do evento restringiu os comentários, provavelmente para não dar satisfação às inúmeras questões que seriam levantadas. Só agora sabiam que precisava de alvará? Desde quando a informação foi sonegada ao público? E quem gostaria de mudar os planos e comprar outra opção de entretenimento, como fará se o reembolso só será agendado três dias após a data e ainda com prazo de 30 a 90 dias para processamento (para quem adquiriu por cartão de crédito)?

O caso não é isolado. Há um ano a turnê “A Festa” que celebraria 30 anos de carreira da cantora Ivete Sangalo foi cancelada em Goiás, assim como no Brasil todo. Vários clientes, incluindo goianos, não foram ressarcidos. Em agosto de 2024 Pabllo Vittar se apresentou em Goiânia com a turnê “Batidão Tropical Vol. 2”, mas os fãs querem esquecer a “experiência.

Houve cancelamento em cima da hora da cantora Zaynara, que deveria se apresentar juntamente com Pabllo. Faltou bebida durante o evento e o público não conseguiu sequer comprar água. Até o vereador Fabrício Rosa, que estava no evento, foi filmado participando do protesto dos participantes.

 Sem show é ruim, com show é só perrengue. A agonia começa com os ingressos. As tiqueteiras com taxas abusivas, cancelamentos indevidos e lotes promocionais parados nas mãos de cambistas. Piscou o preço já está no quarto, quinto lotes, com valores exorbitantes.

A busca por margem de lucros superlota a maioria dos espaços e quem prestigia grandes eventos em Goiás sabe como funciona. Faltam banheiros, sobra insegurança. É comum dezenas de celulares roubados por quadrilhas que infiltram até de outros estados. A parca segurança contratada, mal consegue apartar as brigas esparsas. Muitas provocadas pelo entupimento de bistrôs que são empilhados para vender combos de procedência duvidosa.

A busca de lucro a qualquer custo, a falta de visão estratégica dos empresários do ramo em Goiás matará a galinha de ovos de ouro. Todo produtor sabe que é inviável um grande evento sem bilheteria antecipada, mas estão jogando o cliente para comprar no dia, mesmo correndo o risco de pagar mais caro. Afinal, é melhor pagar um evento na mão que ter um ingresso cancelado voando. 

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