Clínicas de bronzeamento são interditadas em Goiânia

Uma operação conjunta da Polícia Civil de Goiás e da Vigilância Sanitária interditou, na manhã de sexta-feira, 11, três clínicas de bronzeamento artificial que operavam ilegalmente em Goiânia. A ação, batizada de Bronze Mortal, também resultou na prisão de seis pessoas e apreensão de equipamentos proibidos. Entre os detidos estão empresários e duas mulheres que promoviam cursos de bronzeamento nas redes sociais.

As investigações tiveram início após a denúncia de uma cliente que sofreu queimaduras graves durante uma sessão. A partir disso, os agentes descobriram uma fábrica clandestina de câmaras de bronzeamento que abastecia diversas clínicas da capital. As máquinas utilizavam lâmpadas ultravioletas de origem alemã, cuja exposição oferece riscos comprovados de câncer de pele e outras lesões dermatológicas graves.

De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela operação, os envolvidos serão indiciados por diversos crimes, incluindo publicidade enganosa, perigo à vida ou à saúde e indução ao erro do consumidor, conforme previsto na Lei nº 8.137/90. “São equipamentos proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A prática do bronzeamento artificial é vedada no Brasil desde 2009, exceto em casos médicos específicos e devidamente regulamentados”, destacou o delegado.

Em uma das clínicas, localizada no Setor Bueno, foram encontrados produtos estéticos vencidos, sem identificação e contaminados por fungos. Os responsáveis apresentaram decisões judiciais supostamente favoráveis à atividade, mas, segundo Teófilo, os documentos eram usados “para ludibriar a fiscalização”.

A operação segue em andamento e outras clínicas podem ser alvo de futuras ações. Todas as unidades interditadas receberam selos de embargo, e os equipamentos apreendidos serão destruídos. A Polícia Civil orienta que consumidores que tenham sofrido queimaduras ou qualquer outro tipo de dano durante sessões de bronzeamento artificial procurem a delegacia para registrar boletim de ocorrência e buscar reparação judicial.

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