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A Polícia Civil de Goiás cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 9, 16 ordens judiciais contra um grupo suspeito de manipular resultados em partidas de futebol.
Presidente do Goianésia foi decisivo para revelar esquema de R$ 11 milhões no futebol
09/04/2025, às 13:07 · Por Redação
O ex-presidente do Goianésia EC, Dr. Marco Antônio Maia, foi decisivo para desbaratar um esquema de fraudes no futebol brasileiro. A Polícia Civil de Goiás cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 9, 16 ordens judiciais contra um grupo suspeito de manipular resultados em partidas de futebol.
Entre os investigados na operação “Jogada Marcada”, estão jogadores, treinadores e dirigentes de clubes. A polícia informou que o esquema movimentou, ao menos, R$ 11 milhões ilicitamente. Conforme o delegado Eduardo Gomes, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), o dirigente do clube relatou que recebeu uma proposta de um aliciador, pedindo para que ele “vendesse” cinco jogos do clube interiorano.
“Esse articulador queria fazer um investimento no time, porém, o time tinha obrigação de, em qualquer momento do campeonato, ceder para essa pessoa cinco resultados, aonde, através desses resultados, ele poderia fazer as apostas e teria aí o retorno do investimento”, detalhou o chefe da investigação.
Os valores girariam na casa de R$1 milhão para o clube, mais R$ 300 mil para o presidente do Goianésia. Só que, o que surpreendeu o aliciador foi o fato de que Dr Marco Antônio Maia ser delegado, e rapidamente registrou a denúncia do caso.
Crime organizado
Assim, já estaria aí consumado um crime, que foi a oferta de valores para manipulação dos resultados. A partir desse ponto, a PC tomou a iniciativa de investigar ainda mais profunda a denúncia, visto que poderiam ter outros times envolvidos no esquema.
Com isso, a apuração conseguiu identificar uma organização criminosa, dividida de forma hierárquica em três “núcleos”.
São eles:
O núcleo dos financiadores, que são pessoas que injetam o dinheiro para que as apostas e os jogadores ou profissionais da área permitam essa manipulação dos resultados.
O grupo intermediário, que é do aliciador, pessoas que têm contato com jogadores, treinadores ou até árbitros de futebol.
Os próprios profissionais de futebol, como os jogadores, dirigentes, técnicos e árbitros.
A fraude, segundo apurado, era realizada em partidas nacionais e internacionais, incluindo jogos da Série B do Campeonato Brasileiro e do Campeonato de Angola, na África. Ao todo, são cumpridos 16 medidas judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão em seis unidades da federação.
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