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Goiânia, 03/05/25
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Investigação da Polícia Civil aponta que militar da ativa integrava grupo criminoso e chegou a ser cobrado por comparsas quando se afastou das funções

PM é preso em Goiás por vazar operações a traficantes e vender armas a criminosos

09/04/2025, às 10:00 · Por Redação

Um policial militar da ativa, lotado no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), foi preso preventivamente em Goiás sob suspeita de colaborar com uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e venda ilegal de armamentos. De acordo com a investigação conduzida pela 1ª Delegacia da Polícia Civil de Trindade, o servidor utilizava sua posição dentro da corporação para alertar traficantes sobre operações em Goiânia e região metropolitana.

Além de vazar informações sigilosas, o militar também é acusado de fornecer armas e munições ao grupo criminoso do qual fazia parte. "O servidor do Copom, além de repassar armas e munições à quadrilha, também informava comparsas sobre operações policiais. Ele era tão importante que, ao ficar afastado das funções, foi cobrado pelos parceiros para que retomasse as atividades", afirmou o delegado responsável pelo caso, Thiago Martinho, ao portal Mais Goiás.

A operação, deflagrada nesta semana, resultou na prisão de mais três pessoas e no cumprimento de dez mandados de busca e apreensão. Nas residências dos suspeitos, os agentes localizaram dois quilos de maconha, munições, materiais para embalar drogas, uma balança de precisão, celulares, dinheiro em espécie e uma pistola. Um dos detidos já tinha passagem por tráfico e estava foragido após romper a tornozeleira eletrônica.

As investigações começaram no início de 2025, quando a Polícia Civil passou a monitorar o envolvimento do grupo com o comércio ilegal de armas, drogas e munições. O nome do policial militar não foi divulgado para não comprometer as diligências em andamento.

A Polícia Militar do Estado de Goiás confirmou a prisão em nota oficial e garantiu que está tomando as providências cabíveis no âmbito administrativo. “Informamos ainda que a Corregedoria da PMGO acompanhou toda a operação e, após os trâmites legais, conduziu o detido ao presídio militar. A Polícia Militar de Goiás reitera seu compromisso com a ética e a transparência, não compactuando com desvios de conduta por parte de seus integrantes”, diz o comunicado.

Os quatro presos responderão por associação para o tráfico e tráfico de drogas. A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos na rede criminosa.


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