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Advogados fazem sustentação oral antes do voto do relator do cas
'Indiferente eleitoral', diz advogado em julgamento de Caiado e Mabel
08/04/2025, às 17:36 · Por Redação
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) julga nesta terça, 8, a a ação que acusa o governador Ronaldo Caiado e o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, ambos do União Brasil, de abuso de poder político. O processo será analisado pelo juiz relator José Mendonça. Os advogados de defesa da dupla do União Brasil fazem a sustentação oral, assista abaixo, antes do voto do relator do caso. Ambos foram condenados em primeira instância no ano passado. Caiado recebeu pena de inelegibilidade por oito anos, enquanto Mabel teve o mandato cassado. A defesa de ambos recorreu da decisão, e agora a corte eleitoral decidirá se mantém ou reverte as penalidades.
“O uso do Palácio das Esmeraldas foi um indiferente
eleitoral. Se o mesmíssimo evento com as mesmíssimas pessoas fosse realizado em
outro lugar dessa cidade a repercussão seria a mesma, os efeitos seriam os
mesmos. Esses benefícios eleitorais não existiriam em razão do Palácio das
Esmeraldas. O Palácio das Esmeraldas foi um indiferente eleitoral. Se fosse
feito em praça pública o mesmo evento isso teria tido o mesmo resultado”, destacou
Dr. Miguel Filipe Pimentel Novais ao acrescentar que o apoio político era aos
vereadores eleitos.
O advogado do governador Ronaldo Caiado (UB) Dr. Alexandre Alencastro Veiga Hsiung em
sua sustentação citou o caso de lives feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) durante as eleições. “Eram lives semanais em que o presidente tratava de assuntos
do governo federal. Não tinham conteúdo eleitoral. Mas nas eleições o presidente
anuncia que seriam lives diárias”, cita ao anumerar que Bolsonaro pediu votos
para 28 candidatos.
“Em Goiás temos o Major Vitor Hugo e o senador Wilder. Peço voto aos dois”,
disse na ocasião Bolsonaro pedindo apoio a candidatos do partido que em Goiás
agora tenta cassar a chapa do União Brasil. O advogado cita as semelhanças no
caso do ocorrido no Palácio das Esmeraldas com Brasília.
Naquela ocasião o TSE defendeu que houvesse aplicação de
multa por conduta vedada. “No caso ocorrido no Palácio das Esmeraldas eu
pergunto aos senhores. O governador faz proselitismo eleitoral? Pede voto, mostra
foto, menciona número de urna? Não! O governador não menciona eleições. Esse
dado é relevantíssimo. O governador não menciona o segundo turno das eleições.”
"Para configuração da conduta vedada é preciso a acumulação de dois critérios. O uso de bem público com finalidade eleitoral e o benefício concreto da candidatura. Não houve o bem público com finalidade eleitoral. O evento se restringiu com a presença dos vereadores em uma reunião sem conteúdo, e sem elementos suficientes para aferir se estavam ali para fazer campanha", acrescentou o representante do prefeito Sandro Mabel (UB), Dr.
Angelo Longo Ferrão.
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