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Goiânia, 01/05/25
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Divulgação - Polícia Civil

Criminosos se passaram por proprietários dos estabelecimentos e induziram vítimas a pagarem boletos com compensação imediata, diz Polícia Civil

Funcionários de lotéricas em Anápolis perdem R$ 500 mil em golpe por WhatsApp

06/04/2025, às 18:50 · Por Redação

Um golpe sofisticado aplicado por criminosos que se passavam por donos de casas lotéricas causou um prejuízo estimado em R$ 500 mil a três estabelecimentos em Anápolis, na região central de Goiás. A fraude foi revelada pela Polícia Civil, por meio do Grupo Especial de Investigações Criminais (GEIC), durante a operação Boleto Fantasma, deflagrada na última sexta-feira, 4, em Goiânia.

Segundo as investigações, os golpistas entravam em contato com os funcionários das lotéricas por meio do WhatsApp, utilizando-se de perfis falsos que simulavam os dos verdadeiros proprietários. Por mensagens, pediam que os atendentes realizassem pagamentos de boletos — que, na verdade, eram de compensação imediata, direcionados a contas bancárias pertencentes aos próprios membros do esquema criminoso.

“Quando os funcionários se dão conta de que caíram em um golpe, o dinheiro já foi transferido e é praticamente impossível cancelar a operação”, afirmou o delegado Leonilson Pereira, responsável pela investigação.

De acordo com a Polícia Civil, a denúncia chegou no início de março, mas há indícios de que o grupo atua em Anápolis desde fevereiro deste ano. Até o momento, 20 integrantes da organização criminosa já foram identificados, e a corporação segue investigando para localizar outros envolvidos.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram recolhidos celulares utilizados nos crimes, além de uma quantia em dinheiro vivo. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

A Polícia Civil alerta para que funcionários de estabelecimentos comerciais redobrem a atenção ao receber pedidos de transferências financeiras por mensagens, mesmo quando supostamente enviados por superiores. “O golpe só se concretiza porque há uma tentativa de simular uma situação de urgência e confiança. É fundamental confirmar a identidade de quem está do outro lado da linha antes de qualquer movimentação financeira”, reforçou o delegado.


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