Poder Goiás
Goiânia, 03/05/25
Matérias
Reprodução - Mais Goiás

Criança morde conselheiro tutelar em Goiânia

Criança morde conselheiro tutelar durante acolhimento em Goiânia

06/04/2025, às 07:44 · Por Redação

Uma ocorrência envolvendo o acolhimento de três crianças em situação de vulnerabilidade social terminou em confusão e agressões nesta sexta-feira, 4, na região Noroeste de Goiânia. Durante a ação, uma das crianças, de 6 anos, mordeu o conselheiro tutelar Paulo Wanderson Nogueira, enquanto ele tentava contê-la após ela correr para o meio de uma avenida movimentada.

As crianças — de 3, 6 e 8 anos — estavam acompanhadas da mãe, que é deficiente visual. De acordo com o conselheiro, elas foram encontradas em condições precárias, sujas, descalças e com fome. “A mãe e as crianças chegaram até nós por volta das 14h. Elas estavam em estado debilitado, visivelmente sujas, descalças e com fome. Nossa primeira ação foi alimentá-las na unidade e tentar convencer a mãe a ir para um abrigo, onde ela poderia ficar com as crianças, mas ela recusou”, explicou Paulo Wanderson ao portal Mais Goiás.

Segundo o conselheiro, a mulher utilizava os filhos para pedir dinheiro nas ruas, o que configura situação de risco. Após tentativas frustradas de convencê-la a aceitar abrigo, os profissionais do Conselho Tutelar decidiram pelo acolhimento emergencial das crianças, uma vez que não havia familiares dispostos a recebê-las. “Então eu tive que fazer o acolhimento devido à situação de risco, visto que nenhum familiar que a gente entrou em contato quis acolher as crianças”, completou.

A situação fugiu do controle quando a criança de 6 anos correu para a rua. “Nessa hora, com a criança ainda no meio da avenida correndo risco de ser atropelada, tivemos que buscar ela e levar de volta para a unidade. Aí ela começou a chorar, arranhar e morder e a demonstrar agressividade”, contou Paulo, que precisou de atendimento após a mordida.

A mãe, por sua vez, também se exaltou e tentou agredir os conselheiros. Foi necessário acionar a Guarda Civil Metropolitana e a Polícia Militar para conter a situação e encaminhar a mulher à delegacia. As crianças foram levadas à Casa da Acolhida, onde permanecerão sob cuidados assistenciais.

“Elas têm uma forte afinidade com a mãe, mas o que nos levou ao afastamento foi a falta de aceitação da aplicação de medidas que garantissem segurança. Esperamos que ela busque tratamento e acompanhamento adequado para cuidar melhor dos filhos”, finalizou o conselheiro tutelar da região Noroeste.


Conselheiro Tutelar Mordida Goiânia Goiás,
P U B L I C I D A D E