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Recomendação é assinada pela promotora de Justiça Villis Marra, que solicitou também medidas necessárias para conserto ou substituição de aparelhos estragados

MP-GO pede melhora na gestão do HDT

27/12/2019, às 09:11 · Por Pedro Lopes

O Ministério Público de Goiás (MP-GO), por intermédio da 78ª Promotoria de Justiça, expediu recomendação à organização social (OS) Instituto Sócrates Guanaes (ISG), que administra o Hospital de Doenças Tropicais (HDT), que adote medidas, em até 30 dias, para a boa gestão da unidade, observando as cláusulas contratuais bem como os princípios da administração pública.

Entre as recomendações estão a recontratação dos médicos recentemente demitidos ou a contratação de novos profissionais para repor ou completar o quadro de médicos necessários para um atendimento eficiente e de qualidade aos pacientes, especialmente na ala de emergência, na unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica e dermatológica.

Na recomendação, assinada pela promotora de Justiça Villis Marra, é solicitado também que sejam tomadas as medidas necessárias para conserto ou substituição de todos os aparelhos estragados e que o ISG deixe de fechar leitos, bem como realize a reabertura daqueles que estiverem fechados sob a alegação de contenção de gastos.

Recomendou também que não sejam mais solicitados bloqueios na central de regulação de forma excessiva, com o objetivo de conter os atendimentos artificialmente, ou seja, suspender os atendimentos indevidamente. Além disso, a promotora de Justiça quer que a OS revise todos os contratos celebrados de prestação de serviços e fornecimento de produtos, para que se tornem mais transparentes e observem os princípios da administração pública.

Ao expedir a recomendação, Villis Marra levou em consideração, entre vários fatores, as irregularidades detectadas por inspeções em razão do descumprimento de cláusulas do contrato de gestão. Relatórios de inspeção apontaram a existência de despesas impróprias, como pagamento de passagens aéreas e reservas de hotéis para quatro pessoas sem vínculo com o HDT, além da não realização de obras de reforma do prédio e falta de manutenção em aparelhos utilizados no atendimento aos pacientes.

Outro aspecto levado em consideração foi o fechamento da emergência e da sala de dermatologia, interdição de 15 leitos e demissão de dois médicos da UTI pediátrica, o que acarretou impacto negativo na escala de trabalho. Também observou que nos últimos meses o ISF solicitou 464 bloqueios à Central de Regulação do município de Goiânia, deixando de atender aproximadamente 7 mil pessoas. Além disso, faltam equipamentos de uso essencial para os médicos, roupas de cama e para os profissionais, medicamentos e insumos.


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