Rogério Cruz cancelou R$ 300 milhões em empenhos e escondeu contas para maquiar dívida bilionária

A Prefeitura de Goiânia acumulou um déficit de R$ 389 milhões em 2024, último ano do mandato do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade). O rombo nos cofres do Paço, porém, é bem maior. Só em empenhos cancelados na reta final do mandato foram mais R$ 300 milhões, além de outras contas acumuladas e que sequer foram empenhadas. No total, a atual gestão avalia que a dívida acumulada chega a R$ 4 bilhões. 

“O que mais nos preocupa é o que está fora do balanço. Estão fora do balanço os empenhos cancelados, dívida da Comurg, dívida do Imas, dívida da saúde, que não estava empenhada”, explicou ao jornal O Popular o atual secretário municipal da Fazenda, Valdivino de Oliveira. “O que está no balanço é palatável, os números são de fácil gestão. Os números que estão fora do balanço são mais complicados”, completou o secretário. 

O Paço avalia que a dívida acumulada da Prefeitura de Goiânia é de cerca de R$ 4 bilhões, por isso insiste no pedido de reconhecimento de Calamidade Financeira do município. Além do déficit de 2024, a conta inclui dívidas com fornecedores e na saúde que sequer foram empenhadas, além das dívidas históricas do Imas e Comurg. 

Em nota ao Popular, a assessoria do ex-prefeito Rogério Cruz se valeu do balanço de 2024, apenas com parte das dívidas, para contestar que tenha deixado a Prefeitura em má situação financeira. “Os dados oficiais demonstram que a gestão Rogério Cruz manteve o equilíbrio fiscal dentro dos desafios enfrentados e não deixou a Prefeitura de Goiânia sem recursos, ao contrário do que foi difundido”, diz a nota.

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