Mabel defende parceria com Estado para fortalecer segurança em Goiânia

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), afirmou que busca ampliar a integração entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e as forças de segurança do Estado para criar uma “muralha” de monitoramento na Região Metropolitana. Em entrevista ao jornal O Popular, ele destacou que convocou todos os agentes que estavam afastados de suas funções operacionais. “Troquei os comandantes e chamei todos os GCMs que estavam fora. Quase 200 estavam fora. Voltaram todos para a rua neste mês. Desencavernei todo mundo que estava à disposição de um órgão ou outro, não tem mais nenhum”, disse.

No balanço de seus primeiros 30 dias à frente da Prefeitura, Mabel exaltou medidas adotadas, como a ampliação do atendimento nas unidades de saúde, a redução das filas nos hospitais e a inclusão de 6,5 mil crianças em creches. Ele também destacou a mudança no horário de funcionamento de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), como o do Ceasa, que passou a abrir às 4h. O prefeito voltou a afirmar que recebeu a administração municipal em situação de "terra arrasada", com um rombo de R$ 3,5 bilhões herdado da gestão anterior.

Mabel também revelou dificuldades para encontrar um nome para comandar a Secretaria Municipal da Eficiência, única pasta ainda sem titular. “Quem eu quero não me quer. Já conversei com sete ou oito opções, mas quando chega na parte financeira, não consigo fechar”, explicou. Ele reforçou que busca um profissional qualificado, mas que os salários da prefeitura não atraem o perfil desejado. “Estou naquela musiquinha: ‘Quem me quer eu não quero, e quem eu quero não me quer’”, brincou.

Apesar de nos bastidores circular a informação de que a nomeação será feita com base em uma indicação do setor empresarial, Mabel negou ter preferência por esse perfil. “Eu não quero alguém que vá para lá e que eu tenha que fazer um acerto financeiro para ele ficar feliz. Ele vai ganhar o salário da prefeitura e ponto”, declarou.

O prefeito destacou que a gestão municipal tem trabalhado em conjunto com o governo estadual para melhorar áreas essenciais como Saúde, Educação e Assistência Social. Ele citou a ampliação do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) e ações voltadas para moradores de rua, utilizando a estrutura dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e iniciativas da Secretaria da Retomada, com programas de emprego e qualificação profissional.

Sobre o projeto Centraliza, que prevê a requalificação do Centro de Goiânia e está parado na Comissão de Finanças da Câmara, Mabel afirmou que fará novas alterações antes de enviar a proposta ao Legislativo. “O conceito de incentivos e outras questões são pequenos ajustes, mas o conceito geral é muito diferente do que nossa equipe pensa”, disse.

A relação com os servidores públicos também gerou polêmica no primeiro mês de gestão. O decreto de emergência na Saúde, por conta da epidemia de dengue, e as medidas na área financeira causaram insatisfação entre categorias do funcionalismo e geraram críticas da oposição. Mabel, no entanto, minimizou o impacto e atribuiu a repercussão à imprensa. “O decreto é claro ao dizer que quem está de férias ou iria sair poderia manter suas férias. Não mandei chamar ninguém de volta. Foi uma interpretação errada para gerar tumulto”, afirmou.

Ele ainda destacou que reforçou a inteligência da Guarda Civil e que já identificou servidores recebendo altos salários sem trabalhar. “Tem uns 200 casos assim, gente ganhando R$ 20 mil, R$ 25 mil, sem fazer nada. Estou em cima disso”, garantiu.

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