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Marconi Perillo negligenciou o Estadio Serra Dourada por 20 anos e agora tenta reverter a história para criticar a gestão de Ronaldo Caiado
Marconi deixou o Serra Dourada abandonado por 20 anos e agora tenta inverter a história
30/01/2025, às 09:00 · Por Redação
O vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), usou as redes sociais para rebater críticas do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ao projeto de concessão do Estádio Serra Dourada para a iniciativa privada. No vídeo, Vilela afirma que Perillo tenta reescrever a história e age movido por ressentimento diante do sucesso da gestão de Ronaldo Caiado (União Brasil), que possui 86% de aprovação no Estado.
“Marconi mudou de estado e de profissão. Virou influenciador digital. Parece que não tem mais o que fazer e hoje vive de botar defeito nas medidas do governador Ronaldo Caiado para consertar os rombos que ele deixou. Isso se chama dor de cotovelo”, criticou Vilela. Para ele, o tucano ignora o abandono de 20 anos do Serra Dourada e tenta distorcer os fatos para atacar a atual gestão. “Marconi foi um verdadeiro coveiro do esporte goiano”, disparou.
O vice-governador destacou que o projeto de concessão tem o objetivo de transformar o Serra Dourada em uma arena esportiva moderna, alinhada aos padrões das principais praças esportivas do Brasil e do mundo. “É uma parceria com a iniciativa privada, que vai dar uma nova cara ao Serra Dourada”, explicou Vilela. A proposta inclui um alto investimento para revitalizar o estádio, tornando-o um espaço multiuso para grandes eventos e shows, além de partidas de futebol.
Vilela também relembrou o estado precário em que o estádio se encontrava até 2019, quando Caiado assumiu o governo. “Completamente sucateado e abandonado. Quando Caiado assumiu, a única coisa que funcionava no estádio era uma fábrica clandestina de whisky falsificado”, afirmou. Durante os mandatos de Perillo, entre 1999 e 2018, o Serra Dourada não passou por nenhuma grande reforma estrutural.
Além da falta de investimentos no Serra Dourada, Perillo prometeu recursos para a reforma do Estádio Hailé Pinheiro, a Serrinha, para que a Seleção Brasileira realizasse um treino antes da Copa do Mundo de 2014. O Goiás Esporte Clube, que pleiteava a reforma da arena, contou com uma mudança polêmica em um projeto de lei do Governo de Goiás para garantir um repasse de R$ 2,5 milhões — cerca de 60% dos R$ 4 milhões estimados para a obra. No entanto, o dinheiro nunca chegou, e o clube acabou arcando sozinho com os custos da modernização.
Para receber a Seleção Brasileira, que na época era comandada por Luiz Felipe Scolari, a reforma da Serrinha incluiu a renovação dos vestiários e a adaptação do gramado ao padrão FIFA. O campo foi rebaixado, recebeu novos sistemas de drenagem e irrigação e teve a grama esmeralda substituída pela bermuda celebration, utilizada nos estádios da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Também foi construído um campo anexo com o mesmo padrão.
À época, Marconi Perillo afirmou que faria tudo o que fosse necessário para receber a Seleção e tentar transformar a Serrinha em um centro de treinamento oficial para a Copa do Mundo de 2014. “Fizemos nossa parte para atender bem a Seleção. Fizemos o possível e o impossível para trazê-la. Se eu fosse governador antes, teria lutado para Goiás ser uma das sedes da Copa. Mas como não foi possível, fiz esse pedido ao José Maria Marin e fomos atendidos”, declarou Perillo.
Apesar da promessa, por recomendaçãodo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que identificou indícios de irregularidades, o Governo de Goiás nunca repassou os R$ 2,5 milhões ao Goiás Esporte Clube, deixando o clube goiano sem o apoio financeiro prometido e sem o centro de treinamento oficial da Seleção.
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