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Goiânia, 01/05/25
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Alex Malheiros

Reunião entre o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, com a deputada federal Adriana Accorsi, deputada estadual Bia de Lima e a secretária de Governo de Goiânia, Sabrina Garcez

Mabel busca diálogo com petistas para estreitar laços com o governo federal

23/01/2025, às 09:27 · Por Redação

Em um movimento classificado como estratégico para ampliar sua base de apoio na Câmara Municipal de Goiânia, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) tem se aproximado de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT). Embora não conte com o respaldo formal da bancada petista, o diálogo entre as partes se mantém aberto. Tanto os aliados de Mabel quanto os petistas expressam a expectativa de que não haverá uma "oposição raivosa", mas sim um espaço para "cooperação".

As iniciativas para suavizar as tensões remanescentes da disputa eleitoral de 2024 começaram logo após o término das eleições, intensificando-se durante o período de transição. Nesse intervalo, Mabel, ex-deputado federal, reestabeleceu sua conexão em Brasília com o intuito de garantir recursos para enfrentar a crise na saúde e reiniciar o projeto do anel viário, em parceria com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma reunião ocorrida no Paço Municipal no dia 20, a deputada federal Adriana Accorsi (PT) foi convidada pelo prefeito e manifestou sua disposição em colaborar para o que chamou de "reconstrução" de Goiânia, além de buscar apoio do governo Lula para projetos na cidade. As informações foram repassadas ao jornal O Popular.

"Vamos trabalhar pela união e reconstrução do município e para abrir as portas do Governo Federal para a nossa cidade, um compromisso nosso. Eu sigo lutando incansavelmente pela nossa gente", declarou Adriana, que obteve mais de 168 mil votos no primeiro turno, terminando em terceiro lugar. "Nossa missão era impedir que a extrema direita chegasse à prefeitura. O prefeito Sandro Mabel pode contar comigo para ajudar Goiânia a sair do caos", complementou a deputada. Apesar de uma postura neutra após sua derrota nas urnas, a direção do PT emitiu uma nota enfatizando o "dever cívico de derrotar a extrema direita", o que sugeriu um apoio implícito a Mabel em oposição a Fred Rodrigues (PL), que contava com o respaldo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um dos primeiros sinais de aproximação de Mabel com os petistas foi seu discurso de posse, realizado em 1º de janeiro, onde agradeceu ao governo Lula por seu apoio durante a crise da saúde. "O nosso governo federal teve a sensibilidade de nos ajudar. Agradeço Nisia (Trindade, ministra da Saúde), Padilha (ministro das Relações Institucionais) e ao nosso presidente Lula", afirmou. Mabel também elogiou Olavo Noleto, secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), durante uma visita do petista a Goiânia no último dia 10, enfatizando sua comunicação frequente com o ministro e sua dedicação a Goiás.

O líder do prefeito na Câmara de Goiânia, Igor Franco (MDB), planeja anunciar uma composição majoritária no Legislativo na próxima semana, prevendo que a oposição será composta apenas pelos três vereadores do PT e Aava Santiago (PSDB), que tem adotado uma postura crítica em relação à administração. Apesar das divergências, a expectativa é que a atuação dos vereadores petistas seja "respeitosa". Com isso, a base governista deve contar com 29 integrantes, com a possibilidade de adesão de quatro vereadores do PL, que se apresentam de forma independente.

"Neste primeiro momento, quem tem falado em ser oposição é basicamente a bancada do PT e a Aava, que apoiou o Sandro, mas teve esse embate recente. Mas o Mabel entende a dificuldade em que a Prefeitura está e, independente da eleição, o mais importante agora é a união em torno de Goiânia. Seja com o PT ou com o PL, o que o Sandro quer é uma resposta objetiva para os problemas da cidade", avaliou a secretária de Governo, Sabrina Garcêz (Republicanos). Ela ainda destacou a importância de Adriana, uma deputada bem articulada com o governo federal, ressaltando a necessidade de apoio do governo.


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