Prefeito Márcio Corrêa extingue Programa de Residência Médica em hospital de Anápolis

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), decretou a suspensão imediata do Programa de Residência Médica em Medicina Intensiva do Hospital Municipal Alfredo Abrahão. A decisão, publicada no Diário Oficial do Município (DOM) nesta segunda-feira, 20, baseia-se em denúncias que apontam irregularidades graves na gestão do programa, implementado durante o governo do ex-prefeito Roberto Naves (Republicanos), em parceria com a Fundação Universitária Evangélica (Funev).

De acordo com o decreto, denúncias encaminhadas à Controladoria-Geral do Município e à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) indicaram um cenário alarmante. A falta de regulação do programa comprometeu não apenas a qualidade do aprendizado dos residentes, mas também a segurança dos pacientes atendidos na unidade hospitalar.

Entre os problemas destacados estão:
- Desorganização interna e ausência de supervisão adequada para os residentes;
- Falta de equipamentos essenciais para o funcionamento pleno da UTI;
- Descumprimento das condições exigidas pela Resolução nº 5 da CNRM, que estabelece critérios mínimos para programas de residência médica.

“É inaceitável que a segurança dos pacientes e a formação dos futuros médicos sejam negligenciadas dessa forma. Nossa prioridade é garantir que a população de Anápolis tenha acesso a um serviço de saúde seguro e de qualidade”, afirmou Márcio Corrêa.

Medidas adotadas
Com a decisão, o prefeito determinou que a Funev suspenda imediatamente todas as atividades educacionais no Hospital Municipal Alfredo Abrahão. Além disso, a Organização Social (OS) responsável pela gestão da unidade deve implementar medidas emergenciais para assegurar a continuidade dos atendimentos à população.

O decreto também prevê:
- Notificação à CNRM e à Comissão Estadual de Residência Médica de Goiás (CEREM-GO);
- Realização de uma auditoria técnica no hospital para identificar as mudanças necessárias à regularização;
- Garantia de suporte técnico e administrativo aos residentes, com possibilidade de transferência para programas devidamente regulados.

A suspensão vigorará até que o processo de sindicância seja concluído e as medidas necessárias para restaurar a qualidade e segurança dos serviços sejam implementadas.

FUNEV
Em nota enviada ao portal Mais Goiás, a Fundação Universitária Evangélica esclareceu que assumiu a gestão do Hospital Municipal Alfredo Abrahão em setembro de 2024, após problemas enfrentados pela unidade. “Ressaltamos que a Funev não implementou qualquer programa de residência naquela unidade. Os programas existentes foram mantidos por determinação da antiga gestora, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde”, afirmou a entidade.

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Decisão Política Saúde Marcio Correa Anápolis Goiás,