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Em qualquer cenário, faltará espaço para Marconi em Goiás

PSDB deve ser anexado por PSD ou MDB e deve deixar Marconi desabrigado em Goiás

16/01/2025, às 10:55 · Por Redação

O ex-governador Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB, vive o maior dilema político de sua carreira. Antes um dos mais relevantes partidos do país pós redemocratização, o PSDB caminha para ser extinto diante de seu enorme encolhimento ocorrido nos últimos anos. 

A tendência atual, em estudo pelos líderes da legenda, é que o partido seja abrigado no PSD ou, outra alternativa, voltar ao MDB, de onde surgiu de uma dissidência no final dos anos 80. Em qualquer cenário, faltará espaço para Marconi em Goiás. Nas duas alternativas, o PSDB deixará de existir. 

Marconi sempre foi oposição ao MDB em Goiás, desde que deixou o partido no início dos anos 90. O ex-governador venceu quatro eleições para governador, todas tendo como oposição os emedebistas. Se os tucanos voltarem ao MDB, Marconi naturalmente terá de procurar outro espaço. 

No PSD, em tese, o espaço para Marconi é um pouco mais viável. Nos bastidores, ele afirma que ocuparia a presidência estadual e levaria o partido para a oposição no Estado. Porém, nos últimos meses, a legenda faz movimento contrário, aproximando-se ainda mais da base política do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). 

Com a iminência do PSDB ser anexado pelo PSD, o senador Vanderlan Cardoso, que preside o PSD em Goiás, procurou o presidente nacional da legenda, o ex-ministro Gilberto Kassab. Arrancou dele que nada muda em Goiás, com a prioridade de reeleger Vanderlan em 2026. O senador e o ex-governador já foram aliados, mas tomaram caminhos diferentes desde 2018. 

Ainda que as principais alternativas ventiladas até aqui acabem com o PSDB, Marconi tem agido como se o partido ainda mantivesse o mesmo protagonismo de antes e liderasse articulações para se fortalecer para 2026. Definitivamente, não é o caso. A alternativa de se abrigar em uma legenda maior é imperativa hoje, já que o PSDB não se sustenta mais diante da cláusula de barreira imposta para o acesso ao fundo partidário e eleitoral.


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