Poder Goiás
Goiânia, 01/05/25
Matérias
Alex Malheiros

Prefeito Sandro Mabel criou nesta quarta-feira, 15, um gabinete de crise para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas em Goiânia

Prefeito de Goiânia propõe piscinões para reduzir alagamentos na Marginal Botafogo

16/01/2025, às 10:16 · Por Redação

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira, 15, medidas emergenciais e estruturais para lidar com os recorrentes alagamentos na Marginal Botafogo, uma das principais vias da capital. Em resposta às fortes chuvas que têm causado transtornos, Mabel propôs a construção de piscinões – reservatórios de grande capacidade para retenção de água – como solução de longo prazo para conter enxurradas e evitar o colapso da via.

Em curto prazo, a Prefeitura criará um gabinete de crise para monitorar eventos climáticos e agir preventivamente em áreas críticas. "Nós temos os pluviômetros que mostram a quantidade de chuva. Se necessário, vamos fechar a Marginal, túneis e outras áreas críticas para evitar tragédias", afirmou o prefeito ao jornal O Popular.

Atualmente, equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) trabalham na recuperação de erosões causadas pelas chuvas na Marginal Botafogo, próximo à Rua 88, no Jardim Goiás. O tráfego no local opera em meia pista, e a previsão de conclusão é de 15 dias.

Outro ponto crítico é o Viaduto Mauro Borges, na Avenida A com a Avenida E, onde danos estruturais demandam intervenção imediata. O prazo para a obra também é de 15 dias, com a preocupação central na segurança da via suspensa. Já na Rua 44, no Setor Ferroviário, técnicos identificaram problemas de escoamento de solo, mas, por ora, não há obras planejadas para a área.

A proposta de piscinões busca reter parte do volume das chuvas, reduzindo a velocidade com que a água atinge o canal do Córrego Botafogo. "Não podemos apenas empurrar o problema para frente. Precisamos de drenagem moderna, com postos de absorção e contenção. É caro, leva tempo, mas é essencial", explicou Mabel.

Além da Marginal Botafogo, outras vias críticas, como a Avenida 87 no Setor Sul, também devem receber atenção especial. A avenida foi uma das mais afetadas pelas chuvas recentes e já registrou episódios de alagamento em outubro de 2024.

O gabinete de crise será sediado na Defesa Civil Estadual, no Jardim Goiás, onde já existe uma estrutura de monitoramento climático. O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) participará da operação, fornecendo dados em tempo real por meio de sua rede de pluviômetros, que registra a intensidade das chuvas a cada dez minutos.

Mabel também destacou a necessidade de ampliar a rede de pluviômetros na cidade, especialmente nas proximidades da Marginal Botafogo, e mencionou que os custos de cada equipamento, avaliados em R$ 30 mil, estão sendo negociados com o governo estadual.

Embora as obras estruturais demandem tempo, o foco atual da Prefeitura é minimizar os riscos para a população. "Danos materiais são contornáveis, mas vidas não. O plano agora é evitar qualquer tragédia, especialmente a perda de vidas em acidentes causados pelas chuvas", declarou o prefeito.


Política Chuvas Piscinões Marginal Botafogo Prefeitura de Goiânia Sandro Mabel Goiás,