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Goiânia, 03/05/25
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Reprodução - G1 Goiás

Livia Alves Branquinho relata duas horas de agressões motivadas por ciúmes e recebe ameaças contra sua família

Professora perde parte da audição após espancamento por professor de jiu-jítsu

12/01/2025, às 10:30 · Por Redação

Uma professora de Goiânia revelou ter perdido cerca de 30% da audição após ser agredida por duas horas pelo ex-companheiro, um professor de jiu-jítsu. Livia Alves Branquinho relatou que o homem, com quem teve um relacionamento por dois anos, acessou suas redes sociais durante a madrugada, leu mensagens que provocaram ciúmes e a acordou para iniciar o ataque. A Polícia Civil investiga o caso, que corre sob sigilo.

“Ele me acordou como se nada estivesse acontecendo. Assim que abri os olhos, começou a me bater: tapas, socos e tentativas de me enforcar. Eu estava deitada, sem ter como reagir”, contou Livia. Segundo ela, o agressor quebrou dois celulares durante a discussão para impedir que ela verificasse as mensagens ou buscasse ajuda. “Ele leu, interpretou do jeito dele e me espancou”, desabafou.

Livia sofreu lesões graves durante o ataque, incluindo a perda irreversível de parte da audição em ambos os ouvidos devido a pancadas em ambos os lados da cabeça. Além disso, a professora enfrenta problemas de visão causados por lesões no olho direito. “Estou com dupla visão e agora seguimos com tratamento para tentar corrigir isso”, explicou.

Apesar de dois anos de relacionamento, Livia afirmou que esta foi a primeira vez que o homem demonstrou comportamento violento. Ela acredita que o agressor nunca havia sido denunciado anteriormente porque fazia ameaças após os episódios de violência.

A professora, que é mãe de duas meninas de 9 e 12 anos de um relacionamento anterior, relatou que as ameaças foram estendidas à sua família. Segundo o boletim de ocorrência, o ex-companheiro afirmou: “Se você registrar ocorrência ou chamar a polícia, eu vou preso. Vai enrolar a minha vida e, quando eu sair, eu mato toda a sua família e deixo você por último.”

O caso está sendo conduzido pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que investiga as agressões e as ameaças relatadas. A Polícia Civil informou que, devido à natureza do crime e à proteção da vítima, os detalhes do processo permanecem sob sigilo.

Livia espera que sua denúncia ajude a conscientizar outras mulheres sobre a importância de romper o silêncio em situações de violência. “Ninguém merece passar pelo que eu passei. Espero justiça para mim e segurança para minha família”, finalizou.


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