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Goiânia, 14/01/25
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Ao contrário do atual governador, o tucano coleciona situações controversas durante suas passagens pelo Executivo

Marconi cobra Caiado por ‘liturgia do cargo’, mas ignora passado controverso

09/01/2025, às 17:00 · Por Redação

O ex-governador Marconi Perillo voltou a usar suas redes sociais para atacar o governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Dessa vez, com enorme atraso, o tucano mencionou a decisão de primeira instância de tornar o governador de Goiás inelegível pela realização de reunião com vereadores eleitos por Goiânia nas dependências do Palácio das Esmeraldas em outubro passado. Para Marconi, Caiado desrespeita a ‘liturgia do cargo’. Ao contrário do atual governador, o tucano coleciona situações controversas durante suas passagens pelo Executivo.  

Especialistas em direito eleitoral são unanimes em afirmar que a decisão da juíza eleitoral será reformada pelo pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Como esperado, ao contrário dos especialistas, Marconi condenou o atual governador. Para o ex-governador, Caiado não respeita a legislação e desconhece a ‘liturgia do cargo’ que ocupa e também os limites de seu poder. No entanto, Caiado jamais se envolveu em polêmicas que colocassem em dúvida o seu respeito pelo cargo e seu comportamento como homem público. Já Marconi colecionou casos controversos, até hoje difíceis de serem explicados.

Atualmente preocupado com liturgia do cargo, Marconi não tinha o mesmo zelo no período em que governou Goiás. Em 2012, ele foi pego em um grampo da Operação Monte Carlo cumprimentando o contraventor Carlinhos Cachoeira pelo seu aniversário. “Faz festa e não chama os amigos?”, disse o então governador em áudio amistoso, marcando um encontro em seguida. A mesma Operação mostrou que Marconi vendeu uma casa para Cachoeira em um condomínio de luxo em Goiânia. O contraventor chegou a ser preso na casa que pertencia ao então governador. 

Durante seus mandatos, além do caso Cachoeira, que levou o então governador de Goiás a ser convocado para depor em um CPI no Congresso Nacional, os governos do tucano foram foi alvo das operações Decantação 1 e 2, Cash Delivery e Compadrio, entre outras. Todas as operações foram motivadas por denúncias de desvio de recursos públicos. 

Durante a Operação Lava Jato, o nome do ex-governador apareceu nas planilhas da Odebrecht de políticos que receberam dinheiro da empreiteira com os codinomes Patati, Padeiro e Master. Ao jornal O Popular, em 2021, em uma tentativa de fazer uma mea-culpa, Marconi chegou a pedir desculpas ao povo goiano por um “suposto caixa 2” na campanha eleitoral de 2014 ao governo, mas nada mencionou sobre qualquer preocupação com a liturgia do cargo que ocupava à época.


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