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Diogo Moreira e Eric Granado deram declarações neste sentido ao jornal O Popular
MotoGP de volta a Goiânia pode aumentar interesse pelo esporte no país, aponta pilotos
26/12/2024, às 10:21 · Por Redação
Pilotos brasileiros que disputam divisões do Mundial de Motovelocidade vivem a expectativa de disputar o GP de Goiânia da MotoGP, a partir de março de 2026, no Autódromo Internacional de Goiânia. Os paulistas Diogo Moreira, de 20 anos, e Eric Granado, de 28 anos, competem pela Moto2 e MotoE, respectivamente. Diogo Moreira é quem está mais "próximo" de conseguir uma vaga na elite mundial de motovelocidade. A Moto2 é a última categoria antes da MotoGP.
O brasileiro seguirá na Moto2 em 2025, seu último ano do contrato de duas temporadas. Ele defende a equipe italiana Italtrans e traçou a briga por mais pódios como objetivo para o ano que vem - em 2024, Diogo Moreira foi o 3º colocado no GP Solidário em Barcelona, o último da temporada, em seu único pódio no ano de estreia na categoria. Melhorar o bom desempenho para a próxima temporada será determinante para Diogo Moreira seguir inserido no calendário do Mundial de Motovelocidade, seja para um convite de uma equipe da MotoGP ou para continuar na Moto2 a partir de 2026. "Meu sonho é chegar o quanto antes na MotoGP. Vamos ver se até lá (2026) vou ter uma oportunidade, mas principalmente se me sentirei bem para isso. Meu sonho é correr aqui no Brasil pela MotoGP. Se isso der certo, vai ser muito emocionante", comentou Diogo Moreira, que pode estar em Goiânia em 2026 mesmo sem conseguir uma vaga na MotoGP.
Além da principal categoria do Mundial de Motovelocidade, a Moto2 e Moto3 vão ter provas em Goiânia a partir de 2026. Os calendários das três categorias são o mesmo e as corridas são disputadas no mesmo final de semana. "Para o Brasil e para a categoria, voltar para o Brasil será muito importante. Se você perguntar no paddock, todos querem voltar para o Brasil. Vai ser uma experiência muito legal, que pode agregar com o surgimento de mais fãs. Goiânia tem tudo para ser a casa para a MotoGP no Brasil", acrescentou Diogo Moreira, que já participou de provas de motovelocidade em Goiânia na adolescência e define a pista do autódromo como "muito boa e muito rápida".
Já Eric Granado se afastou um pouco, nos últimos anos, da MotoGP. O paulista, hoje, pilota na MotoE, a categoria elétrica do Mundial de Motovelocidade. A atual divisão tem: MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE. O paulista competiu entre 2012 a 2018 na Moto2 e Moto3, ele está na MotoE desde 2019, ano que dá a fundação da categoria. "Fiquei muito feliz quando me deram a notícia de que ia acontecer de novo o GP do Brasil. É o sonho de muitas pessoas que amam o motociclismo. Desde pequeno, torço para que desse certo, eu estive presente na última etapa em Jacarepaguá, eu era bem pequeno, e fico feliz de saber que vai voltar.
É um projeto ousado e fico feliz por saber que o Brasil voltará ao calendário", declarou Eric Granado. O piloto também sonha em correr em Goiânia e disse que "seria especial estar presente como piloto". "Se for para ser, estarei aqui para representar bem a bandeira do Brasil", salientou. Goiânia será a casa da MotoGP no Brasil por cinco anos, a partir de 2026. O acordo entre o governo de Goiás e a Dorna Sports, empresa espanhola detentora dos direitos comerciais do Mundial de Motovelocidade, foi assinado no último dia 12.
O valor do acordo, no entanto, ainda não foi divulgado pelo Estado, que também não publicou o contrato em seu portal da transparência. Reforma Para receber a MotoGP, o Estado vai reformar o Autódromo Internacional de Goiânia - o custo previsto é de R$ 50 milhões. Os principais ajustes serão de segurança. O equipamento esportivo ficará fechado por pelo menos seis meses no primeiro semestre de 2025 antes de ser vistoriado pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e ser homologado para receber provas do Mundial de Motovelocidade. "A MotoGP vai ser um divisor de águas da Motovelocidade no Brasil. A partir do momento que vier para cá, vai ganhar muita força o esporte no Brasil. Muito mais apoio, incentivo, pessoas interessadas em estar presentes. Vai ser uma mudança importante do esporte no Brasil, podemos ter mais pilotos no futuro e mais categorias de base para gerar espaço para o esporte no País", completou Eric Granado.
MotoGP Autódromo Ayrton Senna