Justiça decide manter prisão de Karine Gouveia e Paulo César Dias

A Justiça manteve nesta quinta-feira, 19, a prisão temporária de Karine Gouveia e Paulo César Dias Gonçalves, conhecido como PC Segredo, após audiência de custódia. O casal foi preso na quarta-feira, 18, sob suspeita de causar deformações em pacientes que realizaram procedimentos estéticos na clínica de estética de sua propriedade, localizada em Goiás.

A decisão foi tomada pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, que afirmou em sua sentença que "os elementos ensejadores da prisão cautelar persistem, não tendo sido trazida a este juízo qualquer prova satisfatória a modificar tais fundamentos da prisão". Enquanto os proprietários permanecem detidos, outros dois investigados presos na mesma operação foram liberados.

O advogado do casal, Tito Amaral, informou que já protocolou um pedido de habeas corpus, que será analisado pelo Tribunal de Justiça. "Acreditamos que até o fim da noite tenhamos uma decisão nesse sentido", declarou o defensor, reforçando que considera a prisão desnecessária.

Segundo Amaral, a clínica possui autorização para operar e conta com profissionais qualificados, diferentemente do que foi divulgado pelas autoridades. O advogado ressaltou ainda que o estabelecimento já realizou mais de 30 mil procedimentos.

Karine Gouveia, influenciadora digital e empresária, e seu marido, PC Segredo, enfrentam acusações de associação criminosa, lesão corporal grave e exercício ilegal das profissões de dentista e biomédica. As denúncias surgiram após 24 pacientes procurarem o 4º Distrito Policial de Goiânia relatando graves sequelas após procedimentos realizados na clínica.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações revelaram que alguns dos funcionários envolvidos nas cirurgias não possuíam as qualificações necessárias e utilizavam materiais inadequados.

A operação também resultou no bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens do casal, além da apreensão de um helicóptero avaliado em R$ 8 milhões. A ação cumpriu sete mandados de busca e apreensão em Goiânia e Anápolis, além de deter outras duas pessoas, cujas identidades não foram divulgadas.

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