Articulação de Vitor Hugo com Bolsonaro gera crise no PL de Goiás

O Partido Liberal (PL) de Goiás enfrenta um momento de tensão interna após a revelação de uma reunião articulada pelo vereador eleito de Goiânia Major Vitor Hugo entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB). O encontro, que ocorreu em novembro, foi descoberto apenas nesta semana, quando Bolsonaro mencionou o episódio durante um almoço com correligionários em Goiânia.

A reunião provocou reações na direção estadual do partido, liderada pelo presidente Wilder Morais e pelo deputado federal Gustavo Gayer. Ambos acusaram Vitor Hugo de desrespeitar a estrutura partidária e de agir em benefício próprio, visando uma possível candidatura ao Senado em 2026, em parceria com Daniel Vilela.

Em resposta ao ocorrido, o PL de Goiás divulgou uma nota criticando a atitude do vereador eleito. “Atitudes como essa não representam os propósitos partidários da sigla, mas sim os interesses pessoais de um filiado que possui pretensões claras de viabilizar sua candidatura ao Senado sem o aval da agremiação, de modo que não serão toleradas novas condutas de igual teor”, destacou o comunicado.

Vitor Hugo rebateu as acusações. “A nota é maldosa, infantil, mentirosa e imprecisa, só ajuda um grupo em Goiás e no Brasil: a esquerda. O PL não tem candidato ainda ao governo de Goiás ou a nenhum outro cargo. Essa é uma definição da convenção em 2026. Eu vou apoiar para o governo e para o Senado quem a Bolsonaro indicar. E não preciso de autorização de ninguém, a não ser do próprio presidente, para levar qualquer pessoa a fim de conversar com ele”, afirmou.

Disputa
A crise evidencia uma disputa interna no PL goiano em torno das eleições de 2026. Enquanto Wilder Morais busca viabilizar sua candidatura ao governo estadual, Gustavo Gayer manifesta interesse em concorrer ao Senado. Ambos enxergaram a articulação de Vitor Hugo como um movimento estratégico para consolidar sua posição dentro do partido e junto ao ex-presidente Bolsonaro.

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