Mabel nega considerar recuperação judicial para a Comurg

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), desmentiu neste sábado, 14, qualquer intenção de solicitar recuperação judicial (RJ) para a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A afirmação foi feita em resposta à reportagem do jornal O Popular, que destacou a possibilidade de a medida estar sendo analisada pela equipe de transição como a solução mais viável para os desafios financeiros enfrentados pela empresa.

Em nota, Mabel declarou que “em nenhum momento cogitou” essa alternativa e que qualquer especulação sobre o tema é “precipitada”. Segundo aliados, o prefeito eleito prioriza esgotar outras possibilidades de reestruturação antes de considerar medidas drásticas.

A equipe de transição, conforme Mabel, ainda não tem acesso total às informações sobre despesas, contratos e pagamentos da companhia, o que dificulta uma análise detalhada da situação. O prefeito eleito, entretanto, já sinalizou objetivos claros: reduzir o custo anual da Comurg para a Prefeitura de cerca de R$ 100 milhões para R$ 30 milhões e eliminar os chamados supersalários. “A equipe de transição segue trabalhando intensamente para avaliar o quadro da empresa e desenvolver um plano de ação que garanta sua recuperação econômica sem prejuízo aos serviços prestados à cidade”, informou a nota oficial.

Mabel reafirmou o compromisso com a valorização dos funcionários da companhia, especialmente aqueles que atuam diretamente na limpeza urbana. Durante a campanha eleitoral, ele recebeu representantes de trabalhadores e garantiu que não pretende liquidar a empresa, mas sim aplicar um “choque de gestão”.

“A prioridade da nova gestão é reestruturar a empresa, visando torná-la superavitária por meio de uma administração pautada na probidade, na eficiência e na inteligência de gestão. Sandro Mabel reforça seu compromisso com o fortalecimento da Comurg e com a valorização de seus colaboradores, buscando soluções viáveis e sustentáveis para enfrentar os desafios atuais, sempre com foco no bem-estar da população goianiense”, diz o comunicado.

Apesar da negativa de Mabel, O Popular relatou que, caso a recuperação judicial fosse considerada, a medida incluiria um plano de repactuação das dívidas da Comurg, especialmente as tributárias, com prazos de até dez anos. Contudo, a legislação atual não permite que empresas públicas entrem em regime de recuperação judicial, o que exigiria uma mudança no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última sexta-feira, 13, o nome do coronel Cleber Aparecido Santos, indicado por Mabel, foi aprovado pelo Conselho de Administração da Comurg para assumir a presidência da companhia em janeiro de 2025. Ele será o responsável por implementar as diretrizes da nova gestão, que busca equilibrar as finanças da empresa sem comprometer os serviços essenciais prestados à cidade.

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