Lula e Bolsonaro não ficaram inelegíveis por receberem prefeitos no Palácio do Alvorada

Motivo apontado pela juíza de primeiro grau Maria Umbelina Zorzetti contra o governador de Goiás Ronaldo Caiado (UB) e o prefeito eleito de Goiânia Sandro Mabel (UB) não encontra paralelo na política recente, tampouco, jurisprudência. 

Segundo a magistrada, Caiado usou a sede de seu governo, o Palácio das Esmeraldas, para realizar eventos de campanha para o seu candidato em Goiânia, o prefeito eleito Sandro Mabel (União Brasil). No entanto, o local é sua residência. Em outubro de 2022 o então candidato a presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu no Palácio da Alvorada em Brasília um grupo de prefeitos para campanha. 

Entre os convidados estavam o ex-prefeito Gustavo Mendanha, na época no Patriota, e Major Vitor Hugo (PL), recém derrotados por Caiado ao Governo de Goiás, mas que componham a comitiva de prefeitos que endossavam Bolsonaro contra Lula (PT).  Bolsonaro acabou condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por transmitir uma reunião com embaixadores estrangeiros usando a estrutura do Palácio das Esmeraldas. 

Os casos, entretanto, não encontram paralelo, pois diferente do encontro de 2022, a reunião no Esmeraldas não foi pública, tampouco divulgado por mídia institucional ou privada. O evento não tinha finalidade eleitoral. 

Caso igual à recepção e gravação de vídeo do atual presidente Lula para o candidato a prefeito de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) em 10 de outubro de 2024 no Palácio da Alvorada. Por ser residência oficial do presidente, os adversários sequer contestaram o fato na Justiça Eleitoral.

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