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Câmara Municipal de Anápolis deve votar nesta quarta-feira, 11, um projeto de suplementação orçamentária proposto pelo prefeito Roberto Naves

Embate entre vereadores e Roberto Naves sobre orçamento segue indefinido

11/12/2024, às 10:00 · Por Redação

A Câmara Municipal de Anápolis deve votar nesta quarta-feira, 11, um projeto de suplementação orçamentária proposto pelo prefeito Roberto Naves (Republicanos). O texto, que busca ajustar o índice de suplementação do orçamento municipal, tem sido motivo de um intenso embate entre Executivo e Legislativo.

Na semana passada, os vereadores rejeitaram uma proposta que previa o aumento da suplementação de 38% para 50%, por não alcançar os 12 votos necessários. Agora, o novo projeto mantém o índice de 38%, mas propõe a exclusão de limites para despesas específicas, como pagamento de pessoal, cumprimento de sentenças judiciais e aportes em saúde, educação e previdência.

O principal ponto de discórdia está na ausência de informações detalhadas sobre o destino dos recursos e de onde eles seriam remanejados. Um parlamentar ouvido pela reportagem afirmou que o texto do Executivo é "extremamente vago". “Não explica de onde será retirado o dinheiro nem para onde será alocado. Queremos garantir que esses recursos sejam usados exclusivamente para o pagamento da folha de servidores”, declarou.

A Câmara avalia apresentar um substitutivo que limite a suplementação apenas ao pagamento de salários, em uma tentativa de assegurar a continuidade dos serviços essenciais e os compromissos com os funcionários municipais.

O prefeito Roberto Naves tem feito reiteradas críticas à postura dos vereadores, alegando que a rejeição do projeto pode comprometer o funcionamento básico da administração municipal. Segundo ele, mesmo com dinheiro em caixa, a falta de autorização legislativa impede que a gestão utilize os recursos. “Conseguimos aumentar a arrecadação em mais de 80 milhões de reais este ano. O dinheiro está parado, mas não podemos pagar porque a Câmara não autoriza”, disse Naves em um vídeo publicado nas redes sociais.

O prefeito alertou que, sem aprovação, os salários dos servidores podem atrasar, além de comprometer serviços essenciais. “Não conseguiremos pagar a gasolina das ambulâncias do SAMU e nem o repasse para a Santa Casa”, afirmou. Naves também acusou setores políticos de sabotarem sua gestão para facilitar a transição para a próxima administração. “Querem transformar uma cidade organizada, com finanças em dia, em um caos. Isso é para facilitar a vida de quem vai assumir a partir do dia 1º”, disse o prefeito.

Votação
Com a votação marcada para hoje, o clima entre os poderes segue tenso. Naves convocou os servidores municipais a acompanharem a sessão como forma de pressionar os vereadores. Enquanto isso, a Câmara insiste na necessidade de maior clareza e detalhamento no projeto enviado pelo Executivo.


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