Policiais acusados de matar jovem em Anápolis são absolvidos pelo júri popular

O júri popular decidiu absolver dois policiais militares acusados de matar Douglas Araújo da Silva, um jovem de 19 anos, em Anápolis, Goiás. O caso, ocorrido em abril de 2022, ganhou desdobramentos na última quinta-feira, 5, após cerca de 15 horas de julgamento. O juiz Lázaro Alves Martins Júnior determinou a liberdade dos policiais, que estavam presos desde 2023.

De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP-GO), Douglas estava a caminho da casa de um amigo portando uma arma de airsoft — brinquedo que imita armas de fogo. Durante uma abordagem policial, o jovem teria levantado a camisa para mostrar o objeto, mas, mesmo sem esboçar reação, foi baleado.

O MP alegou que os policiais continuaram disparando mesmo após Douglas cair no chão, totalizando 16 tiros, sendo que 15 o atingiram. Além disso, a denúncia apontou uma suposta desavença prévia entre um dos policiais e a vítima. Após o ocorrido, os agentes teriam substituído a arma de brinquedo por um revólver para forjar a ocorrência de um confronto armado.

Defesa
Os acusados, o sargento Victor Lemes Vaz da Costa e o cabo Rodrigo Troiani Ruela, alegaram que o jovem apresentava atitude suspeita, com um volume por baixo da roupa. Segundo o depoimento dos policiais, ao ser abordado e solicitado que levantasse os braços, Douglas teria dado a entender que iria sacar a arma, o que os levou a disparar em legítima defesa.

Julgamento
O caso foi qualificado como homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, o júri popular concluiu que os policiais agiram em legítima defesa, absolvendo-os das acusações. Com a decisão, o juiz responsável pelo caso determinou a imediata libertação dos policiais, que estavam detidos desde o ano passado.

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