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Goiânia, 03/05/25
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Reprodução - G1 Goiás

Os presos são: o secretário de Saúde, Wilson Modesto Pollara, o diretor financeiro Bruno Vianna Primo e o secretário executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique

Saiba quem são presos por fraudes em contratos na Saúde em Goiânia

28/11/2024, às 09:13 · Por Redação

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou, nesta quarta-feira, 27, uma operação que resultou na prisão de três gestores da Secretaria de Saúde de Goiânia. Entre os detidos estão o secretário de Saúde, Wilson Modesto Pollara, o diretor financeiro Bruno Vianna Primo e o secretário executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique. Os suspeitos são investigados por envolvimento em um esquema de pagamento irregular de contratos administrativos e associação criminosa.

Quem são os presos
- Wilson Modesto Pollara: secretário de Saúde de Goiânia;
- Bruno Vianna Primo: diretor financeiro e responsável pelo Fundo Municipal de Saúde;
- Quesede Ayres Henrique: secretário-executivo da Secretaria de Saúde.

A defesa de Wilson Pollara, representada pelo advogado Thiago Peres, afirmou que irá se manifestar após análise do processo e reforçou a confiança na inocência do secretário.

Já a defesa de Quesede Ayres Henrique informou, por meio do advogado Márcio Cunha, que ainda não teve acesso completo às acusações, mas declarou acreditar que a investigação demonstrará a inocência do cliente.

Em nota, a Prefeitura de Goiânia declarou que está colaborando integralmente com as investigações conduzidas pelo MP-GO.

De acordo com os promotores, os gestores presos são suspeitos de favorecer indevidamente empresas em contratos administrativos, desrespeitar a ordem cronológica de pagamentos e causar prejuízo significativo aos cofres públicos. Durante a operação, R$ 20.085,00 em espécie foram encontrados em posse de um dos investigados.

O MP-GO também destacou que o esquema contribuiu para o agravamento da crise na saúde pública de Goiânia. Atualmente, a dívida acumulada do município com unidades de saúde ultrapassa R$ 300 milhões.

Entre os impactos mais graves, estão os prejuízos ao repasse de verbas para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que enfrenta uma dívida de R$ 121,8 milhões. Essa situação levou a Fundahc a suspender atendimentos em maternidades importantes da cidade, como Dona Íris, Nascer Cidadão e Célia Câmara, restringindo os serviços apenas a procedimentos eletivos.

Crise
A investigação revelou que o esquema não apenas desviou recursos, mas também comprometeu o funcionamento do sistema de saúde municipal. A rede pública enfrenta falta de insumos básicos, interrupção de serviços e dificuldades no acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Esse cenário crítico tem resultado em casos trágicos, incluindo mortes de pacientes que aguardavam vagas em UTIs. O MP-GO reforçou que o desvio de recursos e a má gestão têm impacto direto sobre a qualidade e disponibilidade dos serviços de saúde.


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