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Wilder é considerado sem luz própria, altamente dependente de Jair Bolsonaro
Fiasco nas eleições e derrocada de Bolsonaro naufragam projeto de Wilder Morais disputar governo
26/11/2024, às 11:19 · Por Redação
Está cada vez mais distante o projeto do senador Wilder Morais (PL) de disputar o governo de Goiás em 2026. A pré-candidatura, que parecia consolidada há alguns meses, sofreu consideráveis revezes nas últimas semanas, o que dificulta muito a construção de uma postulação em oposição ao atual governo.
A primeira baixa enfrentada pelo senador foi o desempenho eleitoral nas eleições municipais. Wilder planejou eleger um número elevado de prefeitos (pelo menos 50) e apostou alto nas principais cidades do estado. Com as urnas apuradas, o PL elegeu apenas 25 prefeituras.
No segundo turno, Wilder assistiu seus candidatos serem derrotados nos dois maiores colégios eleitorais do Estado. Em Goiânia, Fred Rodrigues perdeu para Sandro Mabel (União Brasil); em Aparecida, Professor Alcides foi humilhado por Leandro Vilela (MDB).
Se o fracasso nas eleições municipais por si só já dificultaria muito a investida estadual de Morais, a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de articular um golpe de Estado, enfraquece muito o PL e todos os principais aliados do ex-presidente. A denúncia contra Bolsonaro enterra qualquer possibilidade de anistia a ele, que vinha sendo negociada no Congresso Nacional. Bolsonaro segue inelegível e deve responder a processos por crimes que somam penas de quase 30 anos.
Com Bolsonaro fora do jogo, possivelmente respondendo a um processo no Supremo Tribunal Federal (STF), Wilder Morais perde seu principal padrinho político. “O derretimento de Bolsonaro complica muito a viabilidade eleitoral de Wilder. Ele não tem luz própria, depende totalmente do capitão”, resume um palaciano em declaração ao Giro, de O Popular.
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