Contrato de Luciano Naninho com Vila Nova inclui cláusula sobre ‘percentual de gordura’

O meia Luciano Naninho, contratado pelo Vila Nova na temporada passada após um desempenho promissor pelo Volta Redonda no Campeonato Carioca, ainda não correspondeu às altas expectativas depositadas nele. Vestindo a camisa 10 do Tigrão, o jogador custou R$ 100 mil ao clube, mas não conseguiu se firmar como titular, mesmo passando pelas mãos de vários técnicos desde sua chegada ao Onésio Brasileiro Alvarenga.

Em entrevista à Rádio Band News, o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, revelou um detalhe curioso sobre o contrato de Luciano Naninho: o vínculo inclui uma cláusula que permite a rescisão caso o atleta não atinja o percentual de gordura considerado ideal pela preparação física. “A qualquer momento podemos demiti-lo. Essa cláusula existe porque ele nunca conseguiu atingir o percentual estabelecido. Se houvesse qualquer veto da diretoria à escalação dele, seria mais fácil rescindir o contrato e economizar dinheiro”, explicou Hugo.

Desde sua chegada, Naninho não conseguiu ocupar uma posição de destaque no elenco, sendo frequentemente relegado ao banco de reservas. Dos técnicos que passaram pelo Vila Nova, apenas Higo Magalhães deu ao jogador uma sequência considerável de jogos como titular. Ainda assim, boa parte da torcida cobra sua presença no time principal, ao destacar que ele possui características técnicas que o clube não conseguiu encontrar em outros atletas. 

Porém, segundo Hugo Jorge Bravo, a falta de protagonismo de Naninho é estritamente uma decisão técnica. “Luciano é um jogador de grande qualidade, muito vistoso quando está com a bola. Mas os treinadores optam por não escalá-lo como titular porque entendem que ele não entrega as variações de jogo fundamentais para a equipe”, afirmou o presidente.  

O problema mais evidente, contudo, parece estar relacionado ao desempenho físico do jogador. De acordo com informações do clube, Luciano Naninho não tem atingido as metas estipuladas pela preparação física, especialmente no que diz respeito ao percentual de gordura. Isso tem levantado dúvidas sobre sua condição para desempenhar o papel esperado em campo.

A cláusula contratual que condiciona a permanência do jogador ao cumprimento dessas metas físicas é um diferencial raro, mas, segundo o presidente, foi inserida para garantir o comprometimento do atleta. Apesar disso, até o momento, o Vila Nova não exerceu a possibilidade de rescisão. 

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