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Goiânia, 01/05/25
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Prefeito eleito de Aporé, Leonardo Carvalho, e seu vice Valdiney Souza são investigados por suspeitas de abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha de 2024

MP Eleitoral denuncia esquema de compra de votos que pode cassar prefeito eleito em Goiás

15/11/2024, às 07:53 · Por Redação

O Ministério Público Eleitoral (MPE) ingressou na última quarta-feira, 14, com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra Leonardo de Moraes Carvalho e Valdiney Souza da Costa, eleitos, respectivamente, prefeito e vice-prefeito de Aporé, em Goiás. A denúncia é baseada em suspeitas de abuso de poder econômico e compra de votos durante a campanha de 2024. Servidores municipais e aliados políticos também são investigados.

Segundo o MPE, as práticas ilegais incluem promessas de vantagens financeiras, entrega de dinheiro e benefícios diversos em troca de apoio eleitoral. Gravações, mensagens de WhatsApp e depoimentos integram o conjunto de provas reunido pela Promotoria Eleitoral da 96ª Zona Eleitoral, com sede em Itajá. Os envolvidos na ação ainda não se pronunciaram sobre o caso.

Entre os casos destacados, está a oferta de R$ 2,5 mil e contratos de prestação de serviços feita a um candidato a vereador da oposição, como incentivo para que ele apoiasse a chapa eleita. Outra denúncia aponta que eleitores receberam dinheiro no dia da votação, incluindo uma moradora que teria recebido R$ 100 pelo voto. Um vídeo gravado durante a campanha também mostra o vice-prefeito eleito, Valdiney Souza, prometendo pagar o conserto de um carro para garantir o apoio de uma família.  

A vitória apertada de Leonardo e Valdiney, com uma diferença de apenas 14 votos sobre o segundo colocado, foi citada pelo MPE como um indicativo do impacto potencial das irregularidades no resultado final.  

O MPE solicita à Justiça Eleitoral a cassação dos mandatos de prefeito e vice-prefeito eleitos, além da inelegibilidade de todos os envolvidos pelo período de oito anos. Caso as acusações sejam confirmadas, o resultado das eleições pode ser anulado, o que levaria à convocação de um novo pleito em Aporé.  

A denúncia ressalta o impacto negativo das práticas ilícitas no processo democrático. “O abuso de poder econômico compromete a legitimidade das eleições e a igualdade de condições entre os candidatos, violando os princípios fundamentais da democracia”, afirma a Promotoria Eleitoral no documento.


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