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Operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na residência do servidor e em instalações da Prefeitura
Servidor da Prefeitura de Goiânia que desviou mais de R$ 1 milhão ganha R$ 11 mil por mês
13/11/2024, às 11:31 · Por Redação
O servidor da prefeitura de Goiânia Renato Nascimento Alves, alvo da Operação
Notarius, da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira, 13, suspeito de
desviar mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos tem um cargo concursado e
recebeu R$ 11.593,70, conforme o portal da transparência.
A Polícia Civil de Goiás investiga o servidor por integrar um grupo que vendia
imóveis de terceiros sem o conhecimento dos proprietários. Segundo o delegado
responsável pela investigação, Rômulo Figueredo, os crimes acontecem desde
2021. Confira prints de conversas no site G5News.
A operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão na
residência do servidor e em instalações da Prefeitura. De acordo com a
investigação, o servidor público, em colaboração com a associação criminosa,
falsificava documentos e repassava informações sigilosas em troca de pagamento.
Ele teria facilitado a emissão de documentos como o Imposto
Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), o Imposto Sobre Transmissão de
Imóveis (ISTI), e registros de “nada consta”, além de acelerar processos
administrativos e obter alvarás de funcionamento para os envolvidos.
Conforme o delegado Rômulo Figueredo, o servidor não ocupava
cargo de chefia. Questionado se foi exonerado, a Sefin se limitou a dizer que
ele “foi afastado das atividades e foi dado início às medidas administrativas
cabíveis”.
As vítimas do golpe só descobriram a fraude durante o
processo de lavratura e registro das escrituras, ao perceberem que haviam
comprado imóveis ilegalmente. A operação investiga crimes de estelionato,
associação criminosa, falsidade documental e corrupção ativa e passiva.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que a Secretaria de Finanças está cooperando com as autoridades desde o início das investigações e que o servidor suspeito será afastado até o esclarecimento dos fatos. “Além das ações da polícia, medidas administrativas internas estão em curso para apurar possíveis conexões com atividades do servidor envolvido, e todas as providências cabíveis serão adotadas“, afirmou a pasta.
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