Matérias
Reprodução
Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, critica falta de resposta federal ao crime que deixou empresário morto e expõe riscos da atuação de facções no país
Caiado cobra ação firme do governo Lula após execução no Aeroporto de Guarulhos
10/11/2024, às 07:56 · Por Redação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), usou as redes sociais para cobrar uma “resposta dura” do governo federal após o ataque a tiros no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, ocorrido na última sexta-feira, 8. No episódio, o empresário e corretor de imóveis Vinicius Gritzbach foi assassinado em uma ação que, segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), estaria ligada ao crime organizado, possivelmente envolvendo a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
“O PCC se permite a audácia de entrar no maior aeroporto do Brasil e executar, com tiros de fuzil, uma testemunha. Atuam à vontade, à luz do dia. Ou o Estado brasileiro acaba com as facções ou as facções tomarão de vez o Estado brasileiro,” escreveu Caiado em publicação na plataforma X (antigo Twitter). O governador também comparou a ação federal no Brasil com a postura dos EUA em crimes de alta gravidade, sugerindo que uma intervenção imediata das autoridades federais, como ocorre com o FBI em solo americano, seria necessária para o caso.
Caiado destacou ainda a responsabilidade da União sobre o caso, ao lembrar que o aeroporto de Guarulhos é uma área federal. Para o governador, a execução pública é uma oportunidade para que o governo Lula demonstre firmeza no combate às facções criminosas. “Está aí uma oportunidade para o governo Lula dar uma resposta dura às facções, solucionando o crime e pegando os responsáveis. Para isto não precisa de PEC e nem de amarrar as polícias estaduais. Precisa de ação,” afirmou.
O crime aconteceu no final da tarde de sexta-feira, quando dois homens encapuzados e armados com fuzis dispararam contra Gritzbach. Após o ataque, os criminosos fugiram em um veículo Gol preto, onde um motorista os aguardava para a rápida retirada do local. O episódio expôs uma possível rede de envolvimento no caso: os policiais militares responsáveis pela segurança de Gritzbach foram afastados e seus celulares apreendidos pela Polícia Civil de São Paulo. Segundo fontes da polícia, os agentes se apresentaram espontaneamente no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa pouco depois do crime.
Caiado finalizou sua publicação reafirmando a necessidade de uma resposta contundente para que o Brasil não se torne refém das facções criminosas, e deixou claro que o combate ao crime organizado precisa ser prioridade na agenda de segurança pública federal.
Política Execução Aeroporto Internacional de Guarulhos Governo de Goiás Governo Federal Ações Segurança Pública,