Apenas dois deputados goianos apoiam PEC pelo fim da escala 6×1

A proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa modificar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para abolir a escala de trabalho 6×1, onde funcionários trabalham seis dias seguidos e têm direito a um dia de folga, ganhou força nas redes sociais e vem movimentando a Câmara dos Deputados. Elaborada pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e apresentada pela deputada Erika Hilton (Psol-SP), a proposta ainda está na fase de recolhimento de assinaturas e precisa do apoio de um terço dos deputados para avançar, o que equivale a 171 parlamentares.

Até o momento, 71 deputados assinaram a PEC, entre eles, dois representantes de Goiás: Adriana Accorsi e Rubens Otoni, ambos do PT. A bancada completa do PSOL e 37 dos 68 deputados do PT — segunda maior bancada da Câmara — também deram apoio à iniciativa. A resistência à PEC, entretanto, é forte entre partidos de direita. Dos 99 deputados do PL, apenas um, Fernando Rodolfo (PL-PE), manifestou apoio. Entre os 59 membros do União Brasil, quatro assinaram o documento, acompanhados de apenas um representante dos partidos Republicanos, PP, PSDB e Solidariedade.

Vereador eleito no Rio de Janeiro e idealizador da PEC, Rick Azevedo (Psol-RJ) argumenta que a escala 6×1 é uma das principais causas de “exaustão física e mental” entre os trabalhadores, que afeta a saúde, qualidade de vida e relações familiares. Segundo Azevedo, a jornada extenuante prejudica os trabalhadores, comprometendo inclusive suas condições de saúde e bem-estar.

Para dar mais visibilidade ao tema, Erika Hilton protocolou um requerimento de audiência pública para discutir a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1. Ainda sem data marcada, a reunião visa reunir especialistas, sindicatos e entidades trabalhistas para avaliar o impacto da PEC e ouvir diferentes opiniões sobre a jornada de trabalho.

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