Comissão aprova projeto que reserva às mulheres 30% dos cargos da Mesa Diretora da Câmara

A Comissão Mista da Câmara Municipal de Goiânia aprovou projeto de lei que determina que 30% das vagas da Mesa Diretora, formada por sete membros, sejam ocupados por mulheres vereadoras. A mesma regra vale para as comissões temáticas. Atualmente, a Câmara tem apenas cinco mulheres eleitas.

A PL partiu do vereador Paulo Magalhães (PSD). Ao submetê-la, o vereador argumentou que “compreendemos a necessidade de assegurar políticas públicas que garanta o acesso igualitário das mulheres nos espaços de poder, promovendo a acessibilidade, através de incentivos e leis. Não faz sentido permitir que o machismo, ainda presente em muitos parlamentares, tenha superioridade diante da importância e competência das mulheres", argumentou Paulo Magalhães.

Mesmo votando a favor da proposta, os vereadores Zander Fábio e Cabo Senna (ambos do Patriota) afirmaram que são contrários a qualquer tipo de política de cotas, seja de gênero ou de raça. O vereador Felizberto Tavares (PR) disse ainda que “as preferências sexuais e a cor da pele não devem ser critérios para estabelecer privilégios”. Já a vereadora Cristina Lopes (PSDB) lembrou, por sua vez, que num “país desigual como o Brasil é necessário a implantação de cotas a fim de promover o equilíbrio”.

As vereadores que estão nos quadros Câmara Municipal de Goiânia são: Cristina Lopes (PSDB); Léia Klébia (PSC); Priscilla Tejota (PSD); Sabrina Garcêz (sem partido) e Tatiana Lemos (PCdoB). Nenhuma delas ocupa vaga  Mesa Diretora da Câmara; o mesmo cenário se aplica na Assembleia Legislativa de Goiás.

---

Câmara dos Deputados Mulheres Cotas