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Christiano Mamedio também foi condenado por ter deixado uma pessoa ferida e teve a carteira de motorista suspensa por cinco anos
Empresário pega 12 anos de prisão por matar adolescente e jovem enquanto dirigia bêbado
29/08/2024, às 11:53 · Por Redação
O empresário Christiano Mamedio da Silva, acusado de dirigir bêbado e causar a morte de um jovem e um adolescente, foi condenado a 12 anos e 8 meses de prisão, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Ele também foi condenado por ter deixado uma pessoa ferida.
O acidente ocorreu no dia 3 de outubro de 2020. Emanuel Felipe Pires Martins,
de 15 anos, e Eurípedes Tomé da Costa Filho, de 26, eram passageiros de um
caminhão carregado de tijolos e morreram no local. O condutor, Fabiano
Mendonça, sofreu ferimentos leves e recebeu atendimento hospitalar.
O motorista foi condenado durante um tribunal do júri
realizado na quinta-feira, 29. A sentença também suspendeu a carteira de
motorista dele pelo período de cinco anos.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o empresário
dirigia uma caminhonete que furou o sinal vermelho e atingiu o caminhão
carregado com tijolos onde estavam as vítimas (assista vídeo da batida
acima). No veículo atingido, os passageiros foram arremessados para fora
do caminhão.
Segundo as investigações, o empresário estava voltando de
uma festa no momento do acidente. À época, Christiano não aceitou fazer o teste
do bafômetro, mas admitiu que havia ingerido álcool antes de dirigir. A
denúncia ainda diz que Christiano, " de forma livre e consciente,
assumindo o risco de produzir o resultado, na condução de veículo automotor,
matou as vítimas".
O empresário ficou 46 dias preso, mas foi solto. Em julho de
2022, em uma decisão unânime e histórica, o TJGO determinou que o empresário vá
a júri popular. Ao ser condenado, foi decretada a prisão de Christiano.
Ao justificar a sentença, o juiz Fernando Augusto Chacha de
Rezende explicou que foram considerados os seguintes pontos:
Culpabilidade baseada na “excessiva frieza do acusado”;
Maus antecedentes: o acusado teria cometido o
mesmo delito em um curto período (três meses antes), “havendo nítido
menosprezo as normas”;
Circunstâncias do delito: já que ele já teria praticado
“em via movimentada de Anápolis, expondo a risco a integridade física de
diversas pessoas”;
Consequências do crime: já que uma das vítimas era
menor de idade, enquanto a outra deixou dois filhos menores de idade;
Acidente Anápolis,