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Goiânia, 01/05/25
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Em entrevista, apresentador e candidato a prefeito de São Paulo, José Luiz Datena, associa Pablo Marçal a atividades criminosas na internet ocorridas em Goiás

Datena liga nome de Marçal a crime virtual em Goiás

29/08/2024, às 11:08 · Por Redação

O apresentador José Luiz Datena, que está concorrendo à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, voltou a fazer acusações contra o também candidato Pablo Marçal, mencionando crimes cibernéticos cometidos em Goiás. Durante uma entrevista na última terça-feira, 27, Datena mencionou novamente um passado conturbado de Marçal, que inclui envolvimento com crimes virtuais.

“O cara, que ficou bilionário dentro do serviço dele, ele que aproveite o dinheiro dele da forma que ele quer, melhor do que ele aproveitava quando ele roubava, lá em Goiás, dados da internet pra passar pra quadrilha. Só teve a pena comutada antes com progressão de pena porque tinha menos de 21 anos”, declarou Datena, em tom de crítica.

Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Federal de Goiás em 2010 a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado. No entanto, ele não cumpriu pena, pois a sentença foi declarada prescrita após ultrapassar o prazo legal. O processo teve início em 2005, quando Marçal tinha apenas 18 anos. Na época, ele e outros indivíduos foram acusados de operar um esquema fraudulento que desviava dinheiro de contas bancárias, utilizando-se de sites falsos de grandes instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.

O esquema consistia em enviar falsas notificações de inadimplência a correntistas, induzindo-os a fornecer informações pessoais, que eram então usadas para desviar fundos. As vítimas tiveram seus prejuízos cobertos pelos bancos envolvidos. Apesar da condenação inicial, a defesa de Marçal recorreu, e o processo só foi finalizado em segunda instância em 2018, quando a prescrição foi confirmada.

Em julho do ano passado, Marçal também foi alvo de uma operação da Polícia Federal, sendo investigado por crimes como falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita eleitoral e lavagem de dinheiro durante o processo eleitoral anterior.

Datena, que se afastou de suas atividades na televisão devido às regras eleitorais que proíbem candidatos de apresentar programas de rádio e TV nos quatro meses que antecedem as eleições, questionou o fato de Marçal continuar utilizando a internet como plataforma para sua campanha. “Tenho que deixar meu trabalho, que é comunicação. Por que o Pablo Marçal, que também trabalha com comunicação na internet, e diz que virou o Donald Trump, ganhou bilhões com o trabalho dele, pode continuar?”, questionou Datena.

Ele ainda acrescentou que, embora tenha deixado seu programa de TV, jamais o utilizaria para fazer campanha política, insinuando que Marçal estaria se beneficiando injustamente de sua presença online para impulsionar sua candidatura.


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