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Polícia Federal cumpre mandados de prisão preventiva e busca e apreensão em operação que investiga venda de sentenças judiciais em diversos estados, incluindo Goiás
Operação da PF contra venda de sentenças cumpre mandados em Goiás e mais estados
23/08/2024, às 12:17 · Por Redação
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 23, uma operação para desarticular um suposto esquema de venda de sentenças no judiciário do Tocantins. A investigação, que conta com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tem como alvos magistrados e servidores da Justiça, além de outros envolvidos. A ação, batizada de Operação Máximus, visa combater crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Durante a operação, foram emitidos dois mandados de prisão preventiva e 60 ordens de busca e apreensão que estão sendo executados nos estados do Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, e no Distrito Federal. Os agentes da PF cumpriram mandados em locais estratégicos como o Fórum de Palmas e a sede do Tribunal de Justiça do Tocantins. Além disso, as buscas se estenderam a diversas residências e escritórios na capital. Advogados, procuradores do Estado e chefes de órgãos públicos do executivo também estão entre os alvos das investigações.
A Operação Máximus não se limita apenas à prisão e busca e apreensão; medidas cautelares foram decretadas, incluindo o afastamento de funções públicas, além do sequestro e da indisponibilidade de bens, direitos e valores dos envolvidos no suposto esquema. O nome da operação faz uma alusão ao personagem Máximus, do filme "Gladiador", que enfrentou a corrupção na cúpula do poder do Império Romano.
A ação de hoje ocorre poucos dias após outra operação da Polícia Federal no Tocantins, que investigou um suposto desvio de dinheiro público através da distribuição irregular de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19. Nesta operação anterior, houve apreensão de dinheiro no Palácio Araguaia e na residência do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que é investigado juntamente com dois de seus filhos e a primeira-dama. Todos os envolvidos negaram participação no esquema.
A investigação segue em andamento e, até o momento, não houve posicionamento oficial do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) nem do governo do estado sobre os fatos apurados e os mandados cumpridos pela PF.
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