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Goiânia, 03/05/25
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87,7% dos eleitores da capital afirmam que escolhem por conta própria os números que digitarão nas urnas sempre influência de religião

Pesquisa Serpes revela que 71% dos eleitores em Goiânia separam política de religião

20/08/2024, às 00:03 · Por Redação

Uma nova pesquisa realizada pelo Serpes/O POPULAR revela uma clara separação entre política e religião entre os eleitores de Goiânia. De acordo com o levantamento, 71,7% dos moradores da capital rejeitam a mistura entre os dois campos. Além disso, a grande maioria, 87,7%, afirma que toma suas próprias decisões ao votar, independentemente de sugestões de líderes religiosos.

O estudo, que entrevistou 601 pessoas entre os dias 12 e 13 de agosto, mostra que, apesar do esforço de alguns grupos políticos em buscar apoio de segmentos religiosos para fortalecer suas campanhas, a maioria dos eleitores parece manter uma postura de distanciamento. Apenas 24,1% dos entrevistados acreditam que há uma interação significativa entre política e religião, enquanto 4,2% não souberam ou não quiseram responder à questão.

A pesquisa também revela que 68,7% dos eleitores são favoráveis à volta da Comurg ao comando da coleta de lixo na cidade. Em termos de apoio a candidatos indicados por líderes religiosos, apenas 6,7% dos entrevistados afirmaram seguir essas recomendações, enquanto 5,7% não se posicionaram sobre o tema.

No cenário eleitoral atual, a disputa pela Prefeitura de Goiânia está acirrada. A deputada federal Adriana Accorsi (PT) e o senador Vanderlan Cardoso (PSD) lideram a corrida com 22,8% e 21,1% das intenções de voto, respectivamente. O ex-deputado federal Sandro Mabel (UB) aparece em terceiro lugar com 15,3%. O atual prefeito Rogério Cruz (SD) tem 9%, seguido por Fred Rodrigues (PL) com 5,8%, Matheus Ribeiro (PSDB) com 2,8% e Pantaleão (UP) com 1,3%. Votos nulos somam 8,5% e eleitores indecisos representam 13,3%.

Entre os candidatos, Vanderlan e Rogério são evangélicos, enquanto Adriana, Mabel e Fred são católicos. Os dados indicam que entre eleitores evangélicos, 63,4% acreditam na separação entre política e religião, embora 31,7% vejam alguma relação. Entre os católicos, a rejeição à mistura é ainda maior, com 73,9% dos entrevistados considerando que política e religião devem ser mantidas separadas. No grupo de espíritas, 76,5% defendem a separação, enquanto entre os adeptos de outras religiões, o porcentual é de 85,4%.

O levantamento também mostra que, entre evangélicos, 13,7% afirmam seguir candidatos sugeridos por suas igrejas, comparado a 3,2% entre católicos e 2,9% entre espíritas. Apesar disso, 80% dos evangélicos ainda preferem fazer suas próprias escolhas eleitorais, um índice similar ao de católicos e espíritas que chegam a 91,5% e 91,2%, respectivamente.

O estudo, realizado pelo Instituto Serpes, tem uma margem de erro de 4 pontos percentuais e um intervalo de confiança de 95%


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