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Goiânia, 01/05/25
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Dimitry Carewuta Jucá foi preso com base em um mandado de prisão emitido pela 4ª Vara Criminal de Brasília, respondendo por suposta associação criminosa

Advogado que foi candidato a desembargador em Goiás é preso por fraude em decisões judiciais

20/07/2024, às 09:58 · Por Redação

Em uma operação conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), um advogado que concorreu ao cargo de desembargador em Goiás foi preso sob suspeita de envolvimento em fraudes em decisões judiciais. A investigação aponta que o esquema resultou no desvio de quase R$ 5 milhões de contas pertencentes a idosos e pessoas já falecidas. Dimitry Carewuta Jucá foi preso com base em um mandado de prisão emitido pela 4ª Vara Criminal de Brasília, respondendo por suposta associação criminosa.

O processo contra Dimitry está em andamento no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), onde consta que ele está preso, porém, não há advogado habilitado em sua defesa. Outros investigados incluem Marcela Adriana Arca dos Santos, Yuri Pinto Soares, Christiane Brandão de Figueiredo, Aderaldo Junior de Queiroz, Fagner Lima da Silva, Siguel Nogueira Araki, Breno Alexandre Modolo, Raphael Cesar de Oliveira Santos Souza e Jurema Jucá da Silva, mãe de Dimitry.

Os mandados de prisão temporária foram ordenados pelo juiz Aimar Neres de Matos no dia 9 de julho e cumpridos na quarta-feira, 17, durante a operação denominada Mala Fides (má-fé em latim). A decisão judicial destaca a necessidade das prisões para assegurar o andamento das investigações e a preservação das provas.

As investigações revelam a existência de uma organização criminosa formada por advogados e empresários que utilizavam empresas de fachada para lavar dinheiro. Em 2023, um dos golpes no Paraná causou um prejuízo de quase R$ 1 milhão ao patrimônio de uma mulher. Outro membro do esquema teria desviado quase R$ 3 milhões de um homem falecido em 2014, retirando os valores das contas deixadas por ele.

A Polícia Civil do DF informou que os advogados que representavam tanto os autores quanto os réus nas ações judiciais estavam em conluio. Após ajuizarem as ações, eles simulavam acordos que eram homologados judicialmente. Quando o pagamento não era feito voluntariamente, eles indicavam contas bancárias para o bloqueio dos valores.

Conforme a PC-DF, o grupo criminoso ajuizou ações judiciais simuladas usando documentos falsos, como procurações, comprovantes de residência e notas promissórias. Os valores cobrados variavam entre R$ 500 mil e R$ 100 milhões. As vítimas, em sua maioria, eram idosos ou pessoas já falecidas, cujo patrimônio havia sido mapeado pelo grupo. Além do advogado de Goiás, foram cumpridos outros 10 mandados de prisão em Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Seropédica (RJ).


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