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Goiânia, 29/05/24
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Dois processos envolvendo Perillo foram paralisados após decisão de Toffoli em barrar uso de dados do Coaf sem autorização da Justiça

Medida de Toffoli sobre Coaf paralisou investigações contra Marconi Perillo e bicheiro 

19/11/2019, às 16:30 · Por Pedro Lopes

A retomada das investigações de inúmeros processos no país, incluindo apurações contra Marconi Perillo (PSDB) e o bicheiro Carlos Cachoeira, depende do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da decisão do presidente da Corte, Dias Toffoli, que barrou, em julho, o uso de dados detalhados de instituições fiscais sem autorização judicial prévia.

Desde então, ao menos 935 investigações com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foram paralisadas na Justiça, como a ação penal que apura o suposto esquema de pagamento de propinas ao ex-governador Marconi Perillo. Neste caso, o tucano teria favorecido a Odebrecht com contratos em Goiás em troca de R$ 12 milhões para suas campanhas. 

No Estado, a decisão de Toffoli, em resposta a um recurso do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP), suspendeu também a ação de 2017 contra o bicheiro Carlos Cachoeira e o próprio Marconi por supostos atos de corrupção envolvendo a empreiteira Delta. 

Assim como os casos de Goiás, uma série de investigações e processos da Lava Jato do Rio de Janeiro aguardam o julgamento a respeito do assunto no plenário do Supremo, marcado para começar nesta quarta-feira (20), para serem retomados. 

Os 11 ministros vão decidir se as autoridades financeiras precisam de aval da Justiça para enviar a órgãos de investigação informações sobre movimentações como depósitos de alto valor em espécie. Ministros também vão debater quais devem ser as regras para o compartilhamento dessas informações com o Ministério Público.

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