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Andreia Vulcanis já planeja 2020, com reuniões e projeto de recuperação da bacia do Rio Meia Ponte além de estratégias de curto prazo

'Não faltou água na grande Goiânia, um dia sequer', afirma secretária de meio ambiente

13/11/2019, às 00:46 · Por Pedro Lopes

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad), Andreia Vulcanis, fez um balanço sobre as acões do Governo do Estado durante o período de seca e a crise hídrica em Goiás.

O ato foi durante o reconhecimento a mais de 300 profissionais envolvidos no enfrentamento da crise hídrica no Estado. Os esforços coletivos para combater a ameaça de racionamento de água em Goiânia e região metropolitana envolveram profissionais da Semad, Batalhão Ambiental, Corpo de Bombeiros e produtores rurais da Bacia do Rio Meia Ponte, que aderiram à diminuição na outorga de captação e forneceram barramentos para reequilibrar o nível do rio durante os períodos mais críticos.

Foram 21 mil ações em 89 dias de fiscalização intensiva e controle. Vulcanis atribuiu o sucesso da operação ao trabalho conjunto entre diversos profissionais para que Goiás enfrentasse um cenário de dificuldades.

“Começamos as ações em janeiro, neste ano que foi atípico. E tudo isso contribuiu para que mesmo com tantos problemas não faltasse água, um dia sequer na grande Goiânia, por exemplo.  Graças  também ao trabalho dos profissionais envolvidos que foi crucial para o enfrentamento da ameaça de racionamento. A colaboração dos produtores rurais também foi de extrema importância para mantermos a Bacia do Meia Ponte em um nível que garantisse o abastecimento de Goiânia”, ressalta.

Para 2020, a titular da Semad, informa que o planejamento já começou. “Semana passada já tivemos as primeiras reuniões. Estamos com um projeto de recuperação da bacia bastante avançado, bem como estratégias de curto prazo”, pontuou Vulcanis. A secretária de Meio Ambiente afirmou ainda que a pasta já estuda o cadastramento de barramentos privados na bacia, no total de quase 70, e solicitou à Saneago que promova contratos com os proprietários rurais para verificar a vazão de fundo, a descarga lateral e como será administrado o volume de água armazenado.

“Estamos verificando também uma alteração dos níveis críticos. Percebemos que ficaram muito próximos um do outro, então tempo de planejamento e a resposta tiveram que ser muito rápidos, em razão da previsão que o Comitê de Bacias. Estamos submetendo uma nova proposta para o Comitê de Bacias, com todo um planejamento sendo estruturado desde já para que haja tempo quando chegar o próximo período de estiagem”, completou Vulcanis.

O Estado de Goiás enfrenta, em 2019, uma longa estiagem e um volume de chuvas inferior ao registrado nos últimos anos. “Além da redução, nós temos uma modificação muito significativa do regime de chuvas. Tivemos, em novembro de 2018, 122 milímetros de chuva, enquanto que neste mesmo período, neste ano de 2019, foram 29 milímetros. É uma redução significativa. Sem contar que no ano passado as chuvas se iniciaram em agosto, e neste tivemos 131 dias sem chuva, mais de quatro meses”, detalhou Vulcanis.

Desde o início, o governador Ronaldo Caiado determinou as ações contínuas e emergenciais para que a vazão do Rio Meia Ponte não ficasse abaixo dos 1.500 litros por segundo, volume crítico para o início do racionamento. Com o início do período chuvoso, no mês de outubro, a vazão voltou a ficar acima dos 3.500 l/s, dentro do nível crítico 2. No entanto, as chuvas não tiveram a estabilidade esperada, o que mantém a Semad em alerta máximo neste mês de novembro. Com um maior volume de precipitações, é esperado que o Meia Ponte consolide uma vazão acima do nível crítico 1, estabelecido para a partir de 4.300 l/s.


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