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DivulgaçãoWadamo Alcântara Ferreira vai responder por homicídio e lesões corporais gravíssimas com dolo eventual
Vendedor estava embriagado e é indiciado por morte em rodovia de Goiás
13/05/2024, às 16:51 · Por Redação
O vendedor Wadamo Alcantara Ferreira, 37 anos, foi formalmente indiciado por homicídio com dolo eventual e lesão corporal gravíssima com dolo eventual devido a um acidente fatal ocorrido na madrugada de 5 de março na GO-156, uma rodovia de pista simples entre Itapuranga e o distrito de Diolândia.
Cleomar Mendanha dos Reis, 41 anos, perdeu a vida, enquanto sua esposa Débora Mendonça de Azevedo, 30 anos, e seu afilhado Kaíque Azevedo Castro, 11 anos, ficaram gravemente feridos. As vítimas estavam em uma moto se deslocando no sentido contrário, quando ocorreu a colisão com a caminhonete conduzida por Wadamo, que na ocasião realizou um teste do bafômetro, registrando um teor alcoólico de 0,98 mg/l.
Em seu depoimento, Wadamo afirmou que Cleomar teria invadido a pista contrária ao tentar ultrapassar outro veículo. O vendedor sofreu apenas ferimentos leves quando seu veículo capotou e saiu da rodovia.
O inquérito, concluído em 7 de maio, foi encaminhado à Justiça com o indiciamento, após manifestação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) quanto ao prazo para a conclusão. O documento não inclui o laudo da perícia realizada no local do acidente, nem o depoimento de Débora, que permanece hospitalizada no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Segundo a delegada responsável pelo caso, Giovana, a falta dessas evidências não compromete o indiciamento de Wadamo. Ela pretende ouvir Débora e incluir o depoimento no processo assim que possível.
Com relação ao laudo da perícia no local do acidente, que determinará a sequência dos eventos, a delegada afirma que, mesmo que a moto tenha invadido a pista da caminhonete, a responsabilidade de Wadamo não é eliminada. No entanto, a decisão final cabe ao MP-GO, já que o caso está judicializado. A delegada considera possível que a responsabilidade de Wadamo seja diminuída dependendo do resultado da perícia, mas ressalta que o alto nível de embriaguez pode levar a uma denúncia independente do desfecho da investigação.
Durante seu depoimento, Wadamo admitiu ter consumido álcool antes de dirigir e que faz uso de três medicamentos diariamente. Ele se recusou a responder se tinha conhecimento dos efeitos de misturar álcool com seus remédios. A delegada observou que o teste do bafômetro indicou uma alta taxa de alcoolemia no momento do acidente.
Wadamo, que responde ao processo em liberdade, foi inicialmente detido em flagrante e solto após pagar fiança de R$ 14,1 mil. A defesa tentou sem sucesso que o processo fosse mantido em segredo de Justiça.
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